Meta anuncia Llama 3.1, nova versão do LLM de código aberto

Modelo Llama 3.1 para IAs generativas é liberado globalmente pela Meta e terá código aberto. LLM está disponível para desenvolvedores brasileiros

Felipe Freitas
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• Atualizado ontem às 08:23
Meta (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Llama 3.1 promete superar modelos GPT e Gemini em alguns cenários, além de ter código aberto (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Meta anunciou nesta terça-feira (23) o Llama 3.1, nova versão do seu modelo de linguagem grande, tecnologia usadas em IAs generativas. Esta versão está mais competitiva em relação aos concorrentes GPT-4 Omni e Claude 3.5 Sonnet. O Llama 3.1 já está pronto para ser usado em aplicações de empresas parceiras da Meta, que inclui serviços da Nvidia, Google Cloud, AWS e Azure.

Segundo a Meta, o Llama 3.1 é capaz de processar 128 mil caracteres de contexto (ou tokens), o tamanho do prompt enviado pelo usuário. Quanto maior esse número, maior a chance do resultado atender o esperado. Por exemplo, pedir para analisar um relatório ou dados de uma planilha e trazer informações precisas e contextualizadas.

Em uma tabela comparativa de benchmarks apresentada pela Meta, a Llama 3.1 supera o GPT-4 Omni e Claude 3.5 Sonnet em sete testes. Desenvolvedores podem testar o Llama 3.1 no site oficial do LLM.

Benchmarks do Llama 3.1 e comparativo com outros LLMs (Imagem: Divulgação/Meta)
Benchmarks do Llama 3.1 e comparativo com outros LLMs (Imagem: Divulgação/Meta)

Mark Zuckerberg, dono da Meta, publicou uma carta na qual defende que IAs de código aberto é o “caminho do futuro”.

Resumindo (sem ter usado IA), Zuckerberg relembra como o Linux evoluiu graças a essa filosofia e se tornou mais avançado que seus concorrentes Unix fechados, citando que o Pinguim é padrão na computação em nuvem e nos mobiles.

O CEO da Meta diz acreditar que IAs se desenvolverão de um modo similar, citando como o Llama 3 teve um salto em relação ao Llama 2 com essa filosofia. A posição de Zuckerberg sobre IAs de código aberto vai ao encontro de seu posicionamento sobre realidade virtual, em que ele acredita que ecossistemas abertos terão mais sucesso nesse mercado.

Llama 3.1 x IA da Meta

Ilustração com os ícones de WhatsApp, Instagram e Facebook inseridos numa caixa com a marca da Meta
Serviços da Meta no Brasil não IA generativa da empresa (Ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Importante ressaltar que o Llama 3.1 é diferente ferramenta de IA generativa da Meta. Esta segue indisponível no Brasil após a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibir a coleta de dados de usuários para treinar a IA generativa. Já o Llama é um LLM (modelo de linguagem grande em inglês), tecnologia usada no desenvolvimento das inteligência artificiais.

Com os LLMs, desenvolvedores criam ferramentas com IA que utilizam o conteúdo já adquirido pelo Llama 3.1 — como o Tecnochat no fim dos TB Responde.

A IA da Meta também recebeu novidades nesta quarta-feira. A inteligência artificial da empresa chegou para mais sete países e ganhou suporte para mais sete idiomas.

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Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.