Microsoft e Intel garantem atualizações para notebooks da Huawei
Correções de segurança continuarão sendo liberadas para Huawei mesmo com sanções dos Estados Unidos
Correções de segurança continuarão sendo liberadas para Huawei mesmo com sanções dos Estados Unidos
Além dos smartphones, os outros eletrônicos da Huawei afetados pela lista negra dos Estados Unidos foram os notebooks: eles são equipados com processadores da Intel e rodam um sistema operacional da Microsoft, duas empresas americanas que não poderão mais fazer negócios com a chinesa. Mas ambas garantem que vão continuar fornecendo atualizações para os equipamentos já lançados no mercado.
É um pequeno alívio para os usuários que já adquiriram notebooks da Huawei, como o caríssimo Matebook X Pro, com tela de 14 polegadas, bordas reduzidas e webcam integrada ao teclado — ele foi lançado com preços a partir de 1.499 euros. O computador era vendido pela Microsoft Store nos Estados Unidos, mas foi retirado da loja após as sanções americanas.
Ainda que a situação continue complicada para os chineses, a Microsoft diz à PCWorld que “nossas avaliações iniciais da decisão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos sobre a Huawei indicaram que poderemos continuar oferecendo atualizações de software da Microsoft para clientes com dispositivos da Huawei”.
A Intel também confirma que oferecerá atualizações de segurança e novos drivers para consumidores finais com chips da Intel. Isso deve garantir correções de falhas como a dupla Meltdown e Spectre, que permitia vazamento de dados entre aplicativos; e o ZombieLoad, uma brecha que dá acesso indevido a dados secretos e estava presente em chips lançados desde 2011.
No final das contas, a Huawei se mete na mesma questão dos celulares: os produtos já lançados não sofrerão ou sofrerão pouco com as sanções do governo Trump, mas os futuros ainda têm destino incerto. Pelas regras, a empresa não pode mais comprar chips da Intel ou AMD (o que poderia ser resolvido com processadores próprios da subsidiária HiSilicon), nem licenciar o Windows (aqui sim, temos um problemão).
De qualquer forma, o baque na empresa em caso de saída do mercado de notebooks seria bem menor que nos celulares: a Huawei entrou no segmento há apenas dois anos e ainda tem pouca expressão, não estando entre as seis maiores fabricantes de PCs.