Pix custa até R$ 10 para clientes PJ no Itaú, BB, Bradesco e Santander

Cobrança de Pix por QR Code pode custar caro para empresas; pagamento instantâneo continua gratuito para pessoas físicas

Lucas Braga
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• Atualizado há 1 ano e 1 mês
Página do Pix dentro do app do Santander (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Santander cobra até R$ 10 por Pix efetuado (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O Pix é 100% gratuito para pessoas físicas, mas o Banco Central não exige que contas empresariais tenham esse tipo de isenção. Após um período gratuito, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander passaram a cobrar pelas as transações instantâneas, enquanto Caixa e outras fintechs continuam isentando a tarifa.

As transferências do Pix passaram a funcionar em novembro de 2020, e o método de pagamento está cada vez mais presente no dia a dia do brasileiro por permitir envio instantâneo de dinheiro a qualquer hora, mesmo em finais de semana e feriados. No entanto, os bancos já começaram a cobrar pelo uso nas contas de pessoa jurídica.

O agravante é que as empresas podem ter que pagar pelo Pix tanto para transações efetuadas e recebidas. A tarifa pode ultrapassar a faixa de R$ 150 por evento, e é importante considerar a cobrança na hora de aceitar esse tipo de pagamento.

Quanto os grandes bancos cobram pelo Pix

O Tecnoblog reuniu as taxas do Pix dos maiores bancos brasileiros. Os preços foram consultados na tabela geral de tarifas divulgada pelas próprias instituições financeiras:

BancoTarifa de transferência via PixTarifa de recebimento via Pix
Santander1% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 0,50 e máxima de R$ 10QR Code estático ou dinâmico: R$ 6,54
QR Code via checkout: 1,4% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 0,95
Recebimento por chave Pix: não consta na tabela de tarifas
Itaú1,45% do valor pago com tarifa mínima de R$ 1,75 e máxima de R$ 9,60QR Code: 1,45% do valor pago com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 150
Recebimento por chave Pix: não consta na tabela de tarifas
Bradesco1,4% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1,65 e máxima de R$ 9QR Code: 1,4% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 0,90 e máxima de R$ 145
Recebimento por chave Pix: não consta na tabela de tarifas
Banco do Brasil
(vigente a partir de abril de 2021)
0,99% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 10QR Code: 0,99% do valor da transação, com tarifa máxima de R$ 140
Recebimento por chave Pix: não consta na tabela de tarifas
Caixa(não possui)(não possui)

Uma resolução do Banco Central proíbe que haja tarifação do Pix para contas de empresários individuais (EI) e microempreendedores individuais (MEI). Sendo assim, as transações eletrônicas instantâneas não geram custo para quem tem esse tipo de CNPJ em nenhum banco.

A tarifa mais ingrata é a do Santander para recebimento por QR Code: o banco cobra R$ 6,54 nos códigos estáticos ou dinâmicos. A taxa pode ser ainda maior para vendas de lojas virtuais com valores altos, uma vez que o custo é de 1,4% sobre o valor da compra, sem o teto máximo estabelecido por outras instituições financeiras.

Para comércios, pode ser interessante aceitar Pix, mesmo com a tarifação por transação recebida: a porcentagem é menor do que as taxas cobradas pela maioria das máquinas de cartão de débito e crédito, e o dinheiro cai imediatamente na conta corrente.

Vale ficar atento para os custos do seu banco, uma vez que existem instituições financeiras que não cobram (ainda) pelo envio e recebimento de Pix de pessoas jurídicas, como Nubank, Banco Inter e PicPay.

Atualizado às 17h01

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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