Quer Instagram sem anúncios? Europeus terão essa opção (por R$ 54 mensais)

Para seguir legislação da União Europeia, Meta cria plano pago sem propaganda para Facebook e Instagram, ao preço de 9,99 euros por mês

Giovanni Santa Rosa
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Instagram (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A Meta confirmou, nesta segunda-feira (30), que Facebook e Instagram terão uma opção paga sem anúncios. O plano será oferecido em vários países da Europa ao preço de 9,99 euros mensais, cerca de R$ 54 em conversão direta. A novidade também é uma forma que a empresa encontrou para cumprir novas regras de privacidade da União Europeia.

O plano estará disponível nos países-membros da União Europeia (UE) e do Espaço Econômico Europeu (EEE), além da Suíça. O Reino Unido talvez seja a ausência mais notável. Além dele, vários países do Leste Europeu também não terão essa opção.

App do Facebook (Imagem: Thomas Sokolowski/Unsplash)
App do Facebook (Imagem: Thomas Sokolowski/Unsplash)

A assinatura estará disponível em novembro e é única, valendo para Facebook e Instagram. Quem pagar, além de não ver anúncios nas duas redes sociais, não terá seus dados usados para propagandas.

O pacote estará disponível também na Apple App Store e na Google Play Store, a 12,99 euros mensais, cerca de R$ 69 em conversão direta.

Até fevereiro de 2024, o plano cobre contas ligadas no Centro de Contas da Meta. A partir de março, haverá uma cobrança adicional de 6 euros mensais por conta (ou 8 euros, caso a assinatura seja feita por meio de lojas de apps).

Instagram pago visa seguir regras da União Europeia

A Meta diz explicitamente que o plano, que vinha sendo especulado há meses, é uma forma de seguir a legislação europeia. A empresa menciona o Regulamento Geral sobre Dados Pessoais (GDPR) e o Regulamento de Mercados Digitais (DMA).

Basicamente, a lógica é dizer que ninguém é obrigado a ver propaganda no Facebook e no Instagram — basta pagar. Quer usar sem pagar? Pode, mas aí você concorda em ver anúncios.

“A opção para comprar uma assinatura equilibra as exigências dos reguladores europeus com a escolha dos usuários, permitindo à Meta continuar servindo pessoas na UE, no EEE e na Suíça”, diz o texto publicado pela gigante das redes sociais.

Além disso, a Meta lembra que já oferece a todos os usuários opções envolvendo anúncios, como escolher os assuntos e não ver propagandas personalizadas. Ela também aproveitou o anúncio para fazer uma crítica ao bloco.

“Nós acreditamos em uma internet financiada por propaganda, que dá às pessoas acesso a produtos e serviços personalizados, independentemente de sua situação econômica. Isso também permite a pequenas empresas atingir consumidores, crescer seus negócios e atingir novos mercados.”

O plano pago não é a única novidade da Meta para o mercado europeu: propagandas no Facebook e Instagram estão suspensas para usuários com menos de 18 anos.

Com informações: Meta e The Wall Street Journal

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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