Snapchat contrata especialistas para evitar cópia de código-fonte
Sem fazer barulho, a Snap contratou a equipe responsável pela startup suíça Strong.Codes. Seria mais um simples e rotineiro processo de expansão da equipe de desenvolvedores se não fosse por um detalhe: os novos funcionários terão como principal missão proteger o código-fonte do Snapchat.
É uma reação à cópia desenfreada de recursos por parte do Facebook? A Snap não afirma isso categoricamente, mas não nega que uma das principais complicações ao seu negócio é o Instagram e, consequentemente, os recursos da rede social que são “inspirados” no Snapchat. Assim, é impossível não pensar que a companhia está tentando se proteger do Facebook e outras redes sociais.
Como as novas contratações podem ajudar? A Strong.Codes era uma startup especializada em criar ferramentas que obscurecem o código-fonte de softwares para dificultar a prática de engenharia reversa.
O envolvimento da Strong.Codes com a Snap começou no início do ano, quando Laurent Balmelli, um dos fundadores da startup, foi contratado para trabalhar com o Snapchat. Recentemente, o restante da equipe se juntou a Balmelli. Com isso, as atividades da Strong.Codes foram encerradas. É quase como se a Snap tivesse comprado a startup.
As contratações não vão parar por aí. A Snap ainda tem vagas abertas para especialistas em segurança que deverão trabalhar na Suíça — os engenheiros oriundos da Strong.Codes permanecem no país. Além disso, a companhia é uma das patrocinadoras da conferência sobre segurança Black Alps 2017, provavelmente, com a intenção de encontrar talentos por lá.
É óbvio que as novas contratações não são suficientes para evitar a cópia de recursos do Snapchat — terceiros podem simplesmente desenvolver funções semelhantes do zero. O objetivo aqui, certamente, é erguer mais uma barreira, ainda que ela não seja intransponível.
A Snap tem que reagir, de qualquer forma. É perceptível que o Snapchat já não atrai tantos usuários e, para piorar, as ações da Snap estão perdendo força na bolsa de Nova York.
Com informações: Bloomberg