A Tesla pode estar perdendo dinheiro na Austrália graças à eficiência de sua bateria. A companhia alega que não está sendo paga corretamente pelo Australian Energy Market Operator (AEMO) porque gera energia com mais rapidez do que os padrões atuais podem registrar.

A agência mede o tempo de resposta em intervalos de seis segundos, um minuto e cinco minutos, mas a bateria da Tesla consegue fornecer energia em menos de 0,2 segundo.

A empresa diz ter realizado entre 30% e 40% dos seus serviços sem ser paga pelo AEMO, pois os padrões atuais são voltados para a geração de energia fóssil. “Isso dificulta o reconhecimento do valor total das tecnologias de resposta rápida”, argumentou a empresa.

Tesla - bateria

A maior bateria de lítio do mundo foi instalada em dezembro do ano passado no estado da Austrália do Sul. Com capacidade de 100 megawatts-hora, ela serve como uma reserva quando o sistema convencional tem alguma falha, e já apresentou ser bem vantajosa quando o assunto é o preço.

Em janeiro, quando precisou ser ativada, a bateria da Tesla contribuiu para que o valor do megawatt-hora ficasse em 270 dólares australianos. Antes, quando as reservas de energia precisavam ser ativadas, os preços chegavam a 9 mil dólares australianos.

O sistema, instalado em 63 dias na Austrália, também está sendo usado em locais como Califórnia, Havaí, Vermont, Massachusetts e Porto Rico. No Canadá, um projeto piloto que visa combinar a bateria com energia eólica deverá ser o próximo a utilizar os serviços da empresa.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.