TIM, Claro, Vivo e Oi vão cancelar pré-pago sem cadastro completo
Prazo para recadastramento de clientes de GO foi prorrogado para 5 de julho; quem não atualizar dados terá linha cancelada
Este ano as operadoras TIM, Vivo, Claro, Oi e Nextel iniciaram o processo de recadastramento dos clientes de linha pré-paga, a partir de uma determinação da Anatel para coibir ativação de linhas fraudulentas, começando pelo DDD 62 (Goiás). O prazo inicial era até 24 de junho, estendido para 5 de julho. Clientes que não atenderem a solicitação da operadora terão a linha cancelada.
Funciona assim: as empresas enviarão um SMS para clientes que tiverem o cadastro incompleto avisando sobre a necessidade de atualizar as informações. O cliente, então, tem 30 dias para entrar em contato com a central de atendimento telefônico da operadora para fornecer as informações faltantes; elas poderão solicitar o CEP e endereço completo, além do CPF.
A medida foi tomada para possibilitar a implantação de novos métodos para ativação de uma linha telefônica. A lei 19.703/2003 define que as operadoras tenham como cadastro o número do CPF do cliente; o problema é que não é difícil conseguir essa informação de uma pessoa, o que torna fácil para fraudadores ativar linhas falsas para roubo de informações, golpes de WhatsApp, spam ou telemarketing.
Com o novo prazo estendido para Goiás, os clientes do Acre, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Tocantins e Santa Catarina terão o processo iniciado a partir de 31 de julho. Os demais estados serão incluídos no recadastramento a partir de 2 de setembro.
A previsão é que as pendências sejam resolvidas até 2020, para que, ao longo do próximo ano, as empresas passem a implementar os novos métodos de ativação para evitar a disseminação de linhas falsas.
Brasil teve 5 mil chips “clonados” e prejuízos de R$ 80 mil
Uma investigação realizada pela Kaspersky identificou mais de cinco mil vítimas de linhas “clonadas” no Brasil por um grupo de cibercriminosos. A fraude atinge desde pessoas comuns até políticos, chegando a prejuízos de R$ 80 mil às vítimas.
O golpe de SIM swap é informalmente chamado de “clonagem” em referência às antigas linhas CDMA, que podiam ser roubadas e usadas em dois celulares ao mesmo tempo. O GSM tem proteções contra isso mas, em alguns casos, permite que uma linha seja transferida para outro chip sem autorização do usuário.
Resumidamente: um impostor têm acesso às informações do dono da linha por outros tipos de golpe, entra em contato com a operadora por telefone e pede para reativar a linha em outro chip, alegando que perdeu o acesso ao original. Com a linha ativada no telefone do impostor, ele consegue o acesso ao WhatsApp e outras redes sociais da vítima e pede empréstimos a pessoas conhecidas.
O SIM swap é possível por causa do método falho de ativação de uma linha telefônica: basta comprar um chip e digitar um CPF. Por esse motivo a Anatel está mudando (só agora) as regras do cadastro das linhas móveis.
Com informações: TeleSíntese.