TIM perde espaço para Claro e Vivo no pré-pago

TIM está migrando clientes pré-pagos para controle e pós, assim como Vivo e Claro; Brasil perdeu 327 mil linhas de celular em julho

Felipe Ventura
• Atualizado há 3 anos

A base da TIM no pré-pago está diminuindo: ela sofreu uma redução de 488 mil clientes só em julho. É uma queda maior que Claro, Vivo e Oi no mesmo período. Se essa tendência continuar, a operadora perderá o primeiro lugar em participação nesse mercado — mas parece que ela não tem motivos para se preocupar.

Em julho, a Claro perdeu 281 mil clientes no pré-pago, enquanto a Vivo sofreu redução de 187 mil. Elas estão quase empatadas em participação de mercado com a TIM, segundo a Teleco, uma mudança notável em relação aos anos anteriores.

O que está acontecendo? Simples: a TIM está migrando clientes pré-pagos para controle e pós. Recentemente, ela lançou um plano controle com acesso ao Facebook, Instagram e WhatsApp sem descontar da franquia. A operadora também oferece esse benefício em um plano TIM Black básico.

A TIM não se esqueceu completamente do pré-pago: em julho, ela passou a oferecer ligações ilimitadas para qualquer operadora. Mas a estratégia de focar no controle e pós vem dando certo: no segundo trimestre, o lucro líquido cresceu 53% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: Teleco

Vivo, Claro e Oi migram clientes para pós-pago

Vivo, Claro e Oi também estão migrando seus clientes. Em julho, 40,1% das linhas de celular eram pós-pagas de acordo com a Anatel; a agência inclui nesse número os planos controle e os terminais M2M (como maquininhas de cartão). A Vivo liderou o crescimento no pós-pago (322 mil), seguida pela TIM (171 mil).

Ainda assim, o Brasil perdeu 327 mil linhas de celular em julho. O crescimento no pós-pago (737 mil) não foi suficiente para compensar as perdas no pré-pago (-1,1 milhão).

Com informações: Teleco.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.