Xiaomi Pocophone F1 é homologado pela Anatel a pedido da brasileira DL
Pocophone F1, celular "premium acessível" da Xiaomi, tem processador Snapdragon 845 e bateria de 4.000 mAh
Pocophone F1, celular "premium acessível" da Xiaomi, tem processador Snapdragon 845 e bateria de 4.000 mAh
Surpresa: o Pocophone F1, smartphone “premium acessível” da Xiaomi, foi homologado pela Anatel. Ele tem processador Snapdragon 845, bateria de 4.000 mAh e câmera que empata com o iPhone 8. A certificação foi solicitada pela empresa brasileira DL, que vende tablets, PCs e celulares simples por aqui. A Xiaomi não tem representação oficial no país.
Quando um celular é homologado pela Anatel, significa que ele tem autorização para ser lançado no Brasil. Sim, o Pocophone F1 pode ser vendido oficialmente no país, mas será que isso vai mesmo acontecer?
Como sugere o Pinguins Móveis — que descobriu a homologação — a DL poderia estar apenas importando o aparelho “para uso próprio de algum diretor ou sócio”. O Tecnoblog entrou em contato com a empresa; atualizaremos o post com a resposta.
O certificado de homologação foi emitido nesta terça-feira (13) pela Anatel. O documento diz que o Pocophone F1 é dual-SIM e “deve ser fornecido com bateria e carregador compatíveis e devidamente homologados”.
O modelo certificado pela Anatel é compatível com o 4G brasileiro nas bandas 3 e 7, mas não tem acesso à frequência de 700 MHz (banda 28) liberada com o desligamento da TV analógica — ela tem maior penetração em ambientes fechados. O aparelho da Xiaomi é compatível com as bandas 1 (2.100 MHz), 3 (1.800 MHz), 5 (850 MHz), 7 (2.600 MHz) e 8 (900 MHz).
O Pocophone F1 — conhecido como Poco F1 na Índia — foi lançado no ano passado com foco em custo-benefício. Ele tem processador Snapdragon 845, até 8 GB de RAM, até 256 GB de armazenamento, e bateria de 4.000 mAh com recarga rápida por Quick Charge 3.0.
A câmera frontal é de 20 megapixels, enquanto a câmera traseira dupla tem sensores de 12 megapixels (Sony IMX363) e 5 MP. Nos testes do DxOMark, o celular da Xiaomi recebeu nota 91 por seu desempenho em fotos e vídeos; enquanto o iPhone 8 conseguiu 92 pontos.
O destaque fica para o preço: o modelo com 6 GB e 64 GB de RAM e armazenamento sai por apenas US$ 300. Enquanto isso, a versão mais potente de 8 GB e 256 GB custa US$ 415.
A Xiaomi teve presença oficial no Brasil em 2015, quando lançou o Redmi 2. No entanto, a empreitada acabou no ano seguinte. Na época, o então vice-presidente Hugo Barra culpou a decisão no fim da Lei do Bem para smartphones, e em alterações nas regras do ICMS. (Barra hoje comanda a divisão de realidade virtual do Facebook.)
Por sua vez, a DL é conhecida por vender tablets baratos, celulares simples, fones de ouvido e computadores desktop. Ela já vendeu smartphones básicos com Android, mas não lança novos modelos há algum tempo. A empresa foi fundada em 2004 e tem sede em Santa Rita do Sapucaí (MG).
Alguns dos produtos já lançados pela DL: