Estabilização óptica, digital ou no sensor: qual é melhor para cada situação?

OIS, EIS e IBIS são os tipos mais comuns de estabilização de imagem em câmeras; entenda as diferenças e qual a melhor para suas fotos e vídeos

Emerson Alecrim Paulo Higa
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Estabilização óptica, digital ou no sensor? (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Estabilização óptica, digital ou no sensor? (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Estabilização de imagem é uma tecnologia usada em celulares, DSLRs e outros dispositivos para minimizar borrões causados por movimentos involuntários da câmera durante a captura de uma foto ou vídeo. Entenda as vantagens e desvantagens dos três métodos mais comuns: estabilização óptica (OIS), digital (EIS) e no corpo (IBIS).

Qual a diferença entre OIS, EIS e IBIS?

A estabilização de imagem nas câmeras ou celulares pode ser mecânica, quando componentes se movem fisicamente para compensar trepidações, ou digital, quando um algoritmo processa a imagem para suavizar movimentos indesejados. Os tipos mais comuns de estabilização são:

Sem estabilização de imagem (à esquerda) vs com estabilização (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Sem estabilização de imagem (à esquerda) vs com estabilização (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

É melhor usar estabilização óptica ou digital?

A estabilização óptica é melhor que a digital na maioria das situações porque compensa os movimentos indesejados mecanicamente. Essa característica preserva a qualidade da imagem e leva a resultados mais precisos.

Até movimentos curtos podem causar borrões, rastros e desfoques em uma foto ou vídeo. Como a OIS desloca os elementos internos da lente de modo proporcional para compensar esses movimentos, a tecnologia ajuda o usuário a fazer bons registros quando não há tripé, gimbal ou uma superfície para estabilização.

Lente com OIS em câmera Panasonic Lumix (imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)
Lente com OIS em câmera Panasonic Lumix (imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Tecnologias de estabilização óptica são úteis principalmente em uma lente teleobjetiva que alcança distâncias focais longas. Imagens tremidas ou borradas aparecem com mais intensidade à medida que o zoom óptico aumenta.

Já a estabilização digital exige que as extremidades da imagem sejam cortadas para que esse conteúdo sirva de margem de compensação. Trata-se de uma solução mais barata que a óptica, mas que pode diminuir a nitidez da imagem ou causar distorções tão indesejadas quanto os efeitos de trepidação.

Contudo, a estabilização de imagem pode não gerar resultados satisfatórios quando os movimentos indesejados são vigorosos ou o ambiente tem muita variação de luminosidade. Nessas circunstâncias, ajustar parâmetros como velocidade do obturador e ISO pode ajudar a estabilizar a imagem.

Estabilização digital é melhor para vídeos?

A estabilização digital pode oferecer bons resultados na gravação de vídeo. Com auxílio de um giroscópio ou um acelerômetro, a técnica compara os quadros da filmagem para identificar pixels que correspondem a movimentos involuntários. Em seguida, uma compensação é aplicada.

Estabilização digital de imagem (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Estabilização digital de imagem (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Por ser baseada em software, a EIS ajuda a reduzir o custo de fabricação de câmeras ou celulares. A tecnologia também pode ser empregada como alternativa para equipamentos com pouco espaço físico para sistemas de estabilização óptica ou por sensor, como uma câmera de ação.

Também é possível usar estabilização digital para amenizar trepidações em vídeos já gravados. Softwares como Adobe Premiere, Sony Vegas e Final Cut Pro têm recursos para esse fim. Contudo, a efetividade dessas soluções varia de acordo com a intensidade dos movimentos indesejados no vídeo.

Estabilização na lente, no sensor ou nos dois?

A estabilização no corpo (IBIS), também conhecida como sensor-shift, está disponível em câmeras modernas e em alguns celulares avançados. A tecnologia pode ser uma opção melhor que o OIS quando a velocidade do obturador é baixa ou a distância focal é próxima.

O iPhone 14 Pro tem sensor-shift nas câmera principal e telefoto (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
O iPhone 14 Pro tem sensor-shift nas câmera principal e telefoto (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Como o sensor-shift é implementado na câmera, a tecnologia também permite que a estabilização de imagem funcione com uma lente sem estabilização óptica.

Sistemas de IBIS podem ainda funcionar em conjunto com uma lente com OIS. Essa estabilização híbrida permite que a compensação de movimentos indesejados seja eficiente tanto com distâncias focais curtas quanto longas, de acordo com a Canon.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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