LG lança TVs 4K com webOS no Brasil (ou: finalmente um sistema operacional bom na TV)
TVs com resolução 4K estão à venda no Brasil há um ano, mas sempre foram muito caras: em setembro de 2013, a Samsung lançou sua TV Ultra HD de 85 polegadas por 100 mil reais. Elas continuam caras, mas bem menos. A LG apresentou, nesta quarta-feira (6), novos modelos com altíssima resolução e sistema operacional webOS. O mais acessível, de 49 polegadas, tem preço sugerido de 5.999 reais.
Três modelos estão chegando: UB8500 (49 e 55 polegadas), UB9500 (65 polegadas) e UB9800 (79 e 84 polegadas). Eles possuem painel IPS LCD com iluminação LED, taxa de atualização de 120 Hz, resolução de 3840×2160 pixels, quatro óculos 3D passivos e um interessante controle remoto chamado Smart Magic, que suporta comandos de voz e se conecta com a TV por Bluetooth para navegar pelos aplicativos do webOS.
O que muda entre os modelos, então? Basicamente, design, qualidade do painel e potência do som — o modelo mais barato tem alto-falantes de 20 watts, enquanto o todo poderoso de 84 polegadas possui um sistema de som de 120 watts com 5.2 canais. Os preços também variam bastante: quem quiser telona, claro, precisa abrir a carteira (mas bem menos que há um ano).
- UB8500 de 49 polegadas: 5.999 reais;
- UB8500 de 55 polegadas: 8.999 reais;
- UB9500 de 65 polegadas: 13.499 reais;
- UB9800 de 79 polegadas: 34.799 reais;
- UB9800 de 84 polegadas: 44.999 reais.
webOS
Para mim, o fato das TVs rodarem webOS é um ponto positivo — ele não deu certo nos dispositivos móveis, mas parece ser muito melhor que os sistemas operacionais de boa parte das Smart TVs à venda no Brasil, geralmente lentas e travadas. Pelo menos nos modelos em exibição no evento da LG (alguns Full HD, lançados há quatro meses), o webOS se mostrou bem fluido e intuitivo.
A LG fez suas adaptações no webOS. No assistente inicial, por exemplo, há um simpático passarinho, chamado Bean Bird, que auxilia o usuário não muito ligado em tecnologia a fazer a conexão com a internet e personalizar as configurações. Tem também a LG Store, que centraliza conteúdos de diversas lojas, então fica mais fácil descobrir qual serviço ou loja tem aquele filme para alugar, comprar ou assistir por streaming.
Também chama a atenção o multitarefa do webOS: se você estiver, por exemplo, assistindo a um vídeo no YouTube e quiser ver rapidamente o placar de um jogo no aplicativo do UOL, dá para alternar rapidamente (de verdade) entre eles. Quando você retornar para o aplicativo do YouTube, o vídeo ainda estará lá. Uma pena que esse multitarefa não serve para adiantar buffer de vídeos — o download automaticamente para ao deixar o aplicativo em segundo plano.
Com um toque no controle remoto é possível acessar o launcher do webOS, que lista os aplicativos instalados na Smart TV e permite voltar para o software anteriormente em execução. Esse launcher aparece como uma camada sobreposta na parte inferior da tela, logo, você não precisa parar o que está fazendo a todo momento. Gravei um vídeo rápido do webOS sendo manuseado por alguns coleguinhas de trabalho:
O webOS, portanto, é o primeiro sistema operacional de Smart TV que realmente me enche os olhos — mas não sei se sobreviverá ao Android TV, que não deve demorar a entrar nas TVs brasileiras.
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