O futuro do Google Fiber tem menos fibra
Aparentemente o Google descobriu agora que fibra ótica é um negócio caro
Com a estagnação da expansão do Google Fiber, projeto de oferecer internet ultrarrápida nos Estados Unidos, a Alphabet precisou mudar seus planos. Ironicamente, a nova estratégia inclui usar menos fibra ótica e oferecer mais redes por Wi-Fi, em vez de colocar cabos na casa de todo mundo. Dessa forma, os custos diminuem e o crescimento acontecerá mais rapidamente.
A conexão por fibra ótica tem seus benefícios ― não à toa, é usada para conectar pontos distantes pelo oceano a altíssimas velocidades. No entanto, é cara demais para ser levada para a casa de cada assinante do Google Fiber.
Com a recente compra da Webpass, uma provedora de internet norte-americana, o Google conseguiu bolar outra forma de entregar conexão: redes sem fio. Os pontos de internet poderiam ser conectados à fibra ótica já existente e enviariam dados para os usuários a uma distância menor que antenas comuns.
Segundo a Wired, a Access, nome da empresa da Alphabet que controla o Google Fiber, pediu à FTC (órgão regulador norte-americano de operações comerciais) que abrisse a gama do espectro sem fio que a Webpass pode usar, a fim de acelerar a expansão do Fiber, com mais bandas à disposição.
Operando desde 2010, o Google Fiber ainda cobre poucas cidades. A Alphabet contratou outro executivo, Greg McGray, para elaborar um plano de negócios que continue com a proposta de levar o serviço para todos, sem necessariamente usar fibra. Centenas de trabalhadores da Access foram remanejados para executar os novos planos. A ideia do CEO da Alphabet, Larry Page, é que eles trabalhem na rua, em vez de se fecharem no escritório de Mountain View.
As cidades que já têm a fibra do Google, como Atlanta, Austin, Kansas City, Chicago, Boston e Miami, não precisam se preocupar. Os planos de expansão para Nashville, Louisville e San Antonio também continuam os mesmos. Resta saber se, nos próximos anos, a área de cobertura realmente vai aumentar.