Apple trabalha em sensores que medem níveis de glicose no sangue
A Apple contratou um time de biomédicos e outros profissionais para trabalhar em uma ideia que não é nova, mas que poucas empresas conseguiram colocar no mercado: permitir que diabéticos monitorem os níveis de glicose no sangue apenas com sensores. Pelo menos é o que aponta a CNBC.
É importante que pessoas com diabetes façam medições de glicose regularmente. Dessa forma, fica mais fácil identificar os tratamentos adequados, combater problemas imediatos — como hiperglicemia (níveis altos de glicose no sangue) ou hipoglicemia (níveis baixos) —, assim como prevenir complicações no longo prazo, entre eles, insuficiência renal e perda de visão.
As medições são feitas, na maioria das vezes, com monitores de glicemia. Esses dispositivos funcionam bem e não costumam ser caros, mas têm uma inconveniência: exigem que a pessoa faça um furinho no dedo a cada medição para coletar gotas de sangue.
Para a maioria das pessoas, esse procedimento é pouco ou nada dolorido, mas certamente algo menos “agressivo” é bem-vindo. Já até há alguns monitores que prometem fazer medições sem picadas, mas não é fácil encontrá-los, sem contar que ainda há dúvidas sobre a eficácia desses dispositivos.
É aqui que a Apple aparece na história: se os sensores do projeto funcionarem, eles podem equipar o Apple Watch, por exemplo. Além de evitar as agulhadas, os sensores podem permitir testes mais rápidos e registrar automaticamente os dados em apps como o Health, da própria Apple.
Mas as informações sobre o projeto ainda são escassas. Não está claro como os tais sensores funcionam e em quais dispositivos a Apple pretende integrá-los, se é que os componentes serão mesmo implementados em alguma linha.
Sabe-se até agora que o projeto existe há pelo menos cinco anos, conta com uma equipe de cerca de 30 pessoas e, aparentemente, é liderado por Johny Srouji, vice-presidente de tecnologias de hardware da Apple. Segundo a CNBC, a companhia já está pronta para realizar testes de viabilidade. Esse é um sinal de que os sensores estão em fase avançada de desenvolvimento.
Vale lembrar que o Google também tem um projeto do tipo: as lentes de contato que medem glicose. Só que a iniciativa está há algum tempo caminhando a passos de tartaruga — ou a companhia está tendo dificuldades ou simplesmente já não trata a ideia com prioridade.