Em um intervalo de oito semanas, o Google se tornou alvo do terceiro processo antitruste nos Estados Unidos. A nova ação é movida por 35 estados, além de Washington D.C. e os territórios de Porto Rico e Guam. A acusação é de que a empresa mantém práticas ilegais e anticompetitivas por meio de seu buscador.
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Google (Imagem: Nathana Rebouças)
Os estados afirmam que a pesquisa do Google é desenvolvida para priorizar os produtos da empresa em vez de oferecer uma competição justa com outros sites. A ação cita que a companhia reduziu o alcance de sites como Expedia e Yelp nos resultados de busca para favorecer seus próprios serviços.
Segundo o advogado-geral do Colorado, Phil Weiser, o objetivo do processo é restaurar a concorrência. “As ações anticompetitivas do Google protegeram seus monopólios gerais de busca e excluíram rivais, privando consumidores dos benefícios das escolhas competitivas, impedindo a inovação e prejudicando novas entradas [de concorrentes] ou expansões”, afirmou.
A advogada-geral de Nova York, Letitia James, classificou o Google como o “gatekeeper da internet”, que tem o poder de direcionar o que a maioria dos usuários acessa. “O Google está na encruzilhada de muitas áreas de nossa economia digital e usou seu domínio para esmagar ilegalmente os concorrentes, monitorar quase todos os aspectos de nossa vida digital e lucrar bilhões”, declarou.
Google questiona processo antitruste
Com a instauração do processo, o Google questionou as acusações das autoridades dos EUA. Em comunicado, a empresa afirmou que considera o escrutínio válido e que está preparada para responder aos questionamentos, mas defende que o processo será prejudicial para os usuários.
“Este processo visa redesenhar a busca de forma a privar os americanos de informações úteis e prejudicar a opção de empresas se conectarem diretamente com os consumidores. Estamos ansiosos para apresentar esse caso no tribunal, mantendo o foco em fornecer uma experiência de alta qualidade para nossos usuários”, aponta o comunicado assinado por Adam Cohen, diretor de política econômica do Google.
Na quarta-feira (16), a empresa recebeu um processo movido por dez estados americanos, que se concentra nas práticas ligadas ao segmento de anúncios. Em outubro, o Departamento de Justiça iniciou uma ação com 11 estados americanos em que acusa a companhia de manter monopólio em buscas e anúncios online.
Com informações: The Verge, TechCrunch.
Comentários da Comunidade
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Já pode pedir música no fantástico
Tá difícil para as gigantes de tecnologia terem um momento de paz.
@GustavoGuerra, enquanto a China se fortalece, e ganha cada vez mais mercado, uma certa ala de um determinado espectro político, tenta dia a pós dia reduzir a pó as próprias gigantes ocidentais.
Se a China fosse seguir a lógica de antitruste, eles teriam que derrubar o próprio governo deles, pois são eles que proíbem a competição de diversas empresas estrangeiras, concentrando o mercado nas nacionais.
Além disso, ninguém vai mexer no time que tá ganhando. Com Alibaba, Tencent e outras fazendo sucesso e ameaçando a liderança das ocidentais, porque atrapalhar né?
Enquanto o pessoal continuar insistindo em falar de monopólio, mais imposto, e taxar fortunas, continuaremos com menos opções ao consumidor, falta de investimentos, e mais pobres.