No mês passado a Anatel proibiu três das quatro grandes operadoras do Brasil de venderem chips em alguns estados. A mais afetada foi a TIM, que foi proibida de vender e ativar novas linhas de celular em 18 estados, e a menos afetada foi a Claro, que teve as suas vendas proibidas em três estados. A Oi foi proibida de vender linhas em 5 estados brasileiros. Hoje a Anatel liberou os números de linhas ativas do mês de julho e eles mostram o impacto dessa proibição. Spoiler: foi um desastre.

Gráfico do número de ativações mensais de cada operadora

De acordo com a agência, a maior afetada foi a TIM, que perdeu ao todo 201 mil clientes em relação a junho. Em segundo lugar está a Oi, que perdeu 110 mil clientes comparando com o mesmo mês. Já a Claro conseguiu vender 108 mil novas linhas em julho no Brasil. A Vivo, que não teve as vendas suspensas, vendeu 461 mil novas linhas no mês passado.

A divisão de participação do mercado não teve muita mudança. A Vivo continua como a maior do país com 29,71% de participação, seguido da TIM com 26,78% (perda de 0,11% em relação a junho). Já a Claro está no terceiro lugar com 24,6% de participação (um aumento de 0,02% comparando com junho) e a Oi continua no quarto lugar, com 18,59% de participação (perda de 0,06% em relação a junho).

De longe, o que mais me surpreendeu foi o grande impacto que a suspensão das vendas teve no Brasil. Desde janeiro desse ano e em todos os meses até junho, as operadoras venderam pelo menos 1 milhão de novas linhas – esse número alcançou o pico de 3,2 milhões em março e teve o índice mínimo de 1,1 milhão de números em junho. Mas em julho as operadoras venderam ao todo ínfimos 279 mil novos números. O país tem no total 256 milhões de linhas móveis ativas.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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