Após testes e licitação, prefeitura de São Paulo lança as primeiras redes Wi-Fi grátis
Você se lembra do “Praças Digitais”, aquele projeto de Wi-Fi gratuito que a prefeitura de São Paulo começou a testar em meados do ano passado? Pois bem, a iniciativa finalmente começou a tomar forma de maneira oficial: nesta sexta, foram inauguradas as primeiras redes definitivas do projeto.
Um destes locais é o Pateo do Collegio, na região central, escolhido para a inauguração por seu contexto histórico – o ponto é considerado o marco da fundação da cidade. O outro local é a Praça Dilva Gomes, em Artur Alvim, na região leste de São Paulo.
Os próximos pontos a receberem as redes “Wi-Fi Livre SP” são o vão do MASP, na Avenida Paulista, a Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, o Largo do Japonês, na Casa Verde, a Praça Fortunato da Silveira, em São Miguel Paulista e a Praça João Tadeu Priolli, no Campo Limpo.
A prefeitura manteve o plano original de disponibilizar acesso Wi-Fi gratuito em 120 pontos espalhados pela cidade, inclusive em áreas mais afastadas da região central. Na prática, só o prazo final que foi ligeiramente aumentado: a previsão é a de que todas estas redes estejam em pleno funcionamento até setembro deste ano.
Tal como apontava os testes iniciais, as redes devem oferecer velocidade mínima de 512 kb/s por conexão, tanto para download quanto para upload, e suportar de 100 a 500 usuários simultâneos, de acordo com a área de cobertura. Além disso, as redes não podem filtrar por tipo de dados ou IP, ou seja, não podem ter traffic shaping.
Para oferecer o serviço atendendo a todos os requisitos, a prefeitura fez uma licitação no ano passado que dividiu as 120 praças em quatro lotes. Os dois primeiros ficaram com a empresa WCS; o restante, com a Ziva. Somando todos os contratos, que têm validade de três anos, a prefeitura desembolsará anualmente R$ 9,2 milhões pelos serviços, cerca de 40% a menos que o valor estimado inicialmente (R$ 15 milhões).
Um detalhe que chama atenção é que, ao contrário de iniciativas semelhantes existentes em outras cidades, a prefeitura de São Paulo não exige cadastro prévio e login para acesso às redes. No entanto, as prestadoras devem dispor de um “sistema de gestão que permita detectar e evitar possíveis incidentes e cumprir determinações legais e judiciais”, conforme descreve um dos requisitos da licitação.