Este minúsculo projetor pode ser o primeiro passo para que nossos smartphones exibam hologramas
Os fabricantes estão investindo em telas com resoluções cada vez mais altas para diferenciar seus smartphones no mercado, mas no que apostar quando não nos impressionarmos mais com elas? Em hologramas, talvez: uma empresa da Califórnia está trabalhando em um projetor chamado Quantum Photonic Imager que poderá fazer nossos futuros celulares exibirem este tipo de imagem.
Apesar de ser impossível não lembrar dos filmes de ficção (especialmente Star Wars), tecnologias para hologramas já existem há algum tempo. A principal diferença aqui é que a Ostendo Technologies, empresa por trás do projeto, se focou em pequenas projeções, dispensando equipamentos volumosos e caros.
A companhia mostrou um protótipo ao The Wall Street Journal que ainda está bastante “cru”, mas já consegue demonstrar o que deve vir pela frente: o dispositivo, que mede apenas 0,5 cm e é composto por seis chips e uma diminuta placa de LED, foi capaz de exibir uma imagem verde cuja visualização se mostrou consistente (ou seja, não mudou de forma) em todos os ângulos testados.
O plano, no entanto, é ir bem mais longe. A Ostendo espera que a primeira geração de sua tecnologia seja capaz de projetar conteúdo de até 48 polegadas na diagonal. Um processador de imagens se encarregará de controlar cores, níveis de brilho, parâmetros de ângulos e outros aspectos relacionados.
A empresa explicou também que uma combinação de chips poderá ser usada para criar imagens ainda mais complexas e assegurou que as gerações seguintes poderão exibir imagens 3D com cerca de 5 mil ppi – a tecnologia em desenvolvimento atualmente projeta conteúdo bidimensional.
A Ostendo acredita que a tecnologia estará disponível em meados de 2015. E o melhor: cada unidade deverá custar por volta de US$ 30. São tantas vantagens que a proposta como um todo parece promessa de político, né?
Mas pode valer a pena apostar na ideia: a Ostendo afirma estar trabalhando na tecnologia há quase 10 anos e já ter recebido US$ 90 milhões de investidores como Peter Thiel (co-fundador do Paypal), além de ter fechado contratos de pesquisa com o governo norte-americano que somam US$ 38 milhões. Isso deve ser suficiente para atestar a sua seriedade.