A comunicação por cabos óticos poderá ficar ainda mais rápida com este novo material
Material opera numa velocidade 10 vezes mais rápida que as tecnologias de comunicação ótica atuais
Um novo material desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, pode fazer cabos e outros dispositivos que usam comunicação ótica transmitirem informações dez vezes mais rápido que as tecnologias atuais, como a fibra ótica.
O material é um tipo de nanopartícula plasmônica, feito de óxido de zinco dopado com alumínio (AZO). A partir de suas propriedades óticas, é possível controlar a reflexão da luz em 40% consumindo menos energia do que outros tipos de semicondutores. Esse controle é importante porque assim os dados podem ser transmitidos e codificados, segundo o pesquisador Nathaniel Kinsey.
O menor consumo de energia para a transmissão de dados em alta velocidade também é conveniente, uma vez que a dissipação de calor também é baixa. Caso isso não aconteça, “o material vai esquentar muito e derreter quando você impulsionar [pulsos elétricos] em alta velocidade”, acrescenta Kinsey.
Pesquisadores ainda conseguiram fazer o material operar no espectro infravermelho, padrão usado para comunicações óticas. Assim, ele se encaixa no padrão semicondutor metal-óxido complementar (CMOS) da indústria e tem mais chances de chegar ao mercado num futuro não tão distante.
Também foi possível, com o material, criar um transístor ótico que usa a luz em vez da eletricidade para amplificar sinais e controlar energia. Atualmente, os transístores são normalmente feitos de silício.
O que essa evolução significa? Em suma, o ciclo de transferência de elétrons nas bandas de valência dos semicondutores fica bem rápido: as películas de AZO completaram este ciclo em 350 femtossegundos (1×10-15 segundo), o que é 5.000 vezes mais rápido que o silício cristalino. Esse tempo é semelhante ao que a luz leva para atravessar uma folha de papel e surpreendeu os pesquisadores da universidade.
Com informações: Purdue University, Engadget.