Exoesqueletos da Hyundai podem ajudar paraplégicos e carregar peso
Previstos para 2020, os equipamentos terão preços acessíveis, promete a empresa
Não é de hoje que exoesqueletos robóticos são tidos como promessas para melhorar a qualidade de vida de pessoas que têm sérias limitações de movimentos. O problema é que esses equipamentos costumam ser caros. Mas isso pode mudar. A Hyundai apresentou recentemente em Las Vegas o protótipo de um exoesqueleto que está sendo desenvolvido para ser bastante funcional e, ao mesmo tempo, acessível.
O H-Mex, como é chamado, permite que pessoas paraplégicas ou com deficiência física que compromete a caminhada possam andar em uma velocidade de até 2,5 km/h. Como a máquina possui uma base que sustenta as costas, também é possível usar o equipamento para subir ou descer escadas, sentar em um banco ou simplesmente ficar em pé por algum tempo.
Para tanto, o exoesqueleto é composto por um sistema hidráulico acionado por pequenos motores. Mas não basta “vestir” o H-Mex e sair usando: além de se acostumar com o posicionamento adequado para o equilíbrio, a pessoa precisa aprender a usar os botões certos para caminhar, sentar, subir escadas e assim por diante.
Outro fator que influencia no aspecto do equilíbrio é o peso: o H-Mex tem 18 quilos, o suficiente para exigir cuidados. Parte desse peso se deve à bateria do exoesqueleto, que oferecer autonomia de até quatro horas quando carregada completamente.
H-Wex
A Hyundai também apresentou um exoesqueleto para pessoas que não têm nenhum problema de locomoção: o H-Wex, que está sendo desenvolvido para uso industrial. A ideia é facilitar o trabalho de quem carrega volumes muito pesados. O equipamento também se baseia em um sistema hidráulico, só que para ajudar o usuário a levantar peso e transportá-lo.
O H-Wex também tem autonomia de quatro horas e pode auxiliar no transporte de volumes com peso aproximado de 20 quilos.
Já há no mercado exoesqueletos robóticos com propostas semelhantes aos dois projetos. Mas o preço é realmente um fator seriamente limitador. O suitX, por exemplo, é um dos exoesqueletos mais modernos da atualidade, mas custa a partir de US$ 40 mil — e olha que ele não é tão caro; há equipamentos que custam o dobro.
Não está claro quanto a Hyundai pretende cobrar por seus exoesqueletos, mas Tae Won Lim, vice-presidente de pesquisas avançadas da empresa, declarou que o objetivo é facilitar o acesso à tecnologia. Isso porque a Hyundai é uma fabricante de automóveis e, como tal, possui estrutura para produzir e distribuir exoesqueletos com menos custos.
A expectativa é a de que as primeiras unidades cheguem ao mercado em 2020.