Apple é a maior empresa de tecnologia no ranking da Fortune; Xiaomi estreia na lista

Ranking da Fortune lista as 500 maiores empresas do mundo; Walmart tem o maior faturamento

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Tim Cook tá feliz

A Fortune Global 500, lista das 500 maiores empresas do mundo em faturamento, teve sua edição de 2019 publicada nesta segunda-feira (22) com nomes conhecidos: o Walmart segue liderando o ranking, a Apple permanece como a maior do setor de tecnologia e os brasileiros continuam sendo representados principalmente pela dupla Petrobras e Itaú.

Mas há alguns destaques. A Xiaomi apareceu no ranking pela primeira vez, na 468ª posição. O gigante do varejo Alibaba Group foi um dos que mais cresceu: subiu 118 posições, para ocupar a 182ª colocação. E as empresas chinesas passaram a dominar: são 129 companhias na lista, contra 121 dos Estados Unidos.

Estas são algumas das maiores empresas na Fortune Global 500:

Posição Empresa Faturamento Lucro
1 (manteve) Walmart US$ 514,4 bilhões US$ 6,7 bilhões
11 (manteve) Apple US$ 265,6 bilhões US$ 59,5 bilhões
13 (subiu 5) Amazon US$ 232,9 bilhões US$ 10,1 bilhões
15 (caiu 3) Samsung US$ 221,6 bilhões US$ 39,9 bilhões
23 (subiu 1) Foxconn US$ 175,6 bilhões US$ 3,2 bilhões
37 (subiu 15) Alphabet US$ 136,8 bilhões US$ 30,7 bilhões
60 (subiu 11) Microsoft US$ 110,4 bilhões US$ 16,6 bilhões
61 (subiu 11) Huawei US$ 109 bilhões US$ 9 bilhões
84 (subiu 9) Dell Technologies US$ 90,6 bilhões -(US$ 2,3 bilhões)
116 (caiu 19) Sony US$ 78,2 bilhões US$ 8,3 bilhões
131 (caiu 17) Panasonic US$ 72,2 bilhões US$ 2,6 bilhões
135 (subiu 11) Intel US$ 70,8 bilhões US$ 21,1 bilhões
173 (subiu 17) HP US$ 58,5 bilhões US$ 5,3 bilhões
182 (subiu 118) Alibaba US$ 56,1 bilhões US$ 13,1 bilhões
184 (subiu 90) Facebook US$ 55,8 bilhões US$ 22,1 bilhões
185 (caiu 7) LG US$ 55,8 bilhões US$ 1,1 bilhão
212 (subiu 28) Lenovo US$ 51 bilhões US$ 0,6 bilhão
237 (subiu 94) Tencent US$ 47,3 bilhões US$ 11,9 bilhões
307 (caiu 5) Oracle US$ 39,8 bilhões US$ 3,8 bilhões
466 (caiu 9) Nokia US$ 26,6 bilhões -(US$ 0,4 bilhão)
468 (nova) Xiaomi US$ 26,4 bilhões US$ 2 bilhões

Algumas detalhes na lista chamam a atenção. A Apple continua sendo uma máquina de fazer dinheiro: ela foi a segunda empresa com o maior lucro em 2018, perdendo só para a petrolífera Saudi Aramco, mesmo após vendas consideradas fracas do iPhone. A Samsung também impressiona: só existe o maior banco da China (ICBC) entre os coreanos e a Apple na lista das mais lucrativas.

Também vemos a tendência de queda das japonesas e a ascensão das chinesas. A Toshiba caiu 45 posições, a Sony 19 e a Panasonic 17. Por outro lado, a Xiaomi estreou no ranking, a Tencent subiu 94 posições e o Alibaba ganhou 118. Aliás, percebeu que o Alibaba, apesar da receita menor, teve mais lucro que a Amazon? Não é pura sorte: em 2018, os chineses lucraram mais que o triplo da empresa de Jeff Bezos.

É interessante notar como o mercado muda. Se voltarmos dez anos, para 2009, quase não havia empresa de tecnologia entre as maiores do Fortune Global 500. A líder em receita era a Shell, seguida pela Exxon Mobil. Em eletrônicos de consumo, a maior era a Samsung (e ela estava só na 40ª posição). A Apple comandada por Steve Jobs era respeitável, mas faturava US$ 32,5 bilhões, suficiente apenas para um 253º lugar.

E as brasileiras? Todas perderam posições em relação a 2018, menos a Caixa Econômica Federal, que não ganhou nem perdeu. A Petrobras, que já chegou a ser a 28ª maior do mundo em 2015, aparece apenas em 74ª em 2019. As empresas nacionais são muito penalizadas por causa da desvalorização do real: o lucro do Itaú, segunda maior do Brasil no ranking (em 191ª), praticamente só sobe a cada ano, mas era o equivalente a US$ 9,2 bilhões em 2014 e US$ 6,8 bilhões em 2018.

Aqui tem o ranking completo.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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