Brasil desligou 7,2 milhões de linhas de celular em 2018, segundo Anatel

TIM é a operadora que mais desligou linhas; Vivo segue como líder em clientes

Lucas Braga
• Atualizado há 2 anos e 11 meses
iPhone e chips de celular

A Anatel publicou o levantamento sobre a telefonia móvel brasileira em 2018: os dados apontam uma redução de 7,2 milhões de linhas em relação ao ano anterior, queda de aproximadamente 3%. A Vivo continua na liderança em número de clientes, com Claro e TIM disputando a vice-liderança. A tecnologia 4G já representa a maioria das linhas, e o pós-pago vem crescendo bastante devido aos incentivos das operadoras.

A operadora líder de mercado continua sendo a Vivo, com 73,1 milhões de clientes (31,9% de mercado). A Claro está em segundo lugar, com 56,4 milhões (24,6%), mas disputa a vice-liderança com a TIM, que possui 55,9 milhões de linhas (24,4%). A Oi fica na lanterna entre as quatro maiores, com 37,7 milhões (16,4%). No total, o Brasil fechou o ano com 229 milhões de linhas móveis.

No entanto, só entre novembro e dezembro, foram canceladas cerca de 2,6 milhões de linhas. Cada uma delas gera custo de Fistel, taxa cobrada pela Anatel, por isso as operadoras fazem a limpeza de base para evitar gastos com linhas inativas.

A maturação do serviço é outra responsável por tantos desligamentos: antigamente era comum que um usuário mantivesse linhas em diferentes operadoras, para aproveitar as promoções de ligações para clientes da mesma companhia.

Hoje em dia, os planos com minutos ilimitados já são realidade na maioria das operadoras, e os usuários priorizam um bom pacote de dados em vez de chamadas tradicionais. Sendo assim, manter duas linhas já não faz tanto sentido como antigamente.

Ao longo de 2018, a TIM foi operadora com o maior número de desligamentos: foram 2,7 milhões de linhas desativadas no ano, o que resulta numa variação de 4,6%. A Claro desligou 2,6 milhões de linhas, contra 1,8 milhão da Vivo e 1,24 milhão da Oi.

Pós-pago cresce e 4G já é maioria

A maior parte das linhas desligadas foram da tecnologia pré-paga, com redução de 12,8% (18,9 milhões de linhas). Ainda assim, a modalidade continua sendo a preferida dos brasileiros, representando 56% do total. O pós-pago cresceu 13,3% e conquistou 11,6 milhões de novas linhas.

As operadoras vêm fazendo um profundo trabalho para converter os clientes do pré-pago em assinantes do pós-pago (que compreende a popular categoria “controle”). Os motivos são óbvios: enquanto o pré-pago depende que o cliente faça recargas para usar o serviço, no pós-pago a cobrança se torna recorrente, o que aumenta o ARPU (gasto médio por usuário) e eleva o faturamento.

Os usuários de tecnologia 4G já são a maioria no Brasil, com 56,6%. A tecnologia 3G segue com 23,9% dos usuários, enquanto o 2G só é utilizado por 10,9%. A Anatel utiliza como critério os aparelhos compatíveis com a tecnologia.

Com informações: TeleSíntese.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.