Inspirado pela Apple, Google quer limitar rastreamento no Android
Google deve seguir mudança no iOS e dar mais controle aos usuários de Android sobre a coleta de dados por aplicativos
Google deve seguir mudança no iOS e dar mais controle aos usuários de Android sobre a coleta de dados por aplicativos
A mudança de privacidade no iOS e iPadOS pode servir de inspiração para o Google fazer algo parecido. Segundo a Bloomberg, a empresa cogita seguir a Apple e limitar o rastreamento no Android. O objetivo é oferecer uma forma de definir se aplicativos podem coletar dados enquanto usuários navegam em outros sites e apps.
A abordagem seria menos rigorosa do que a adotada pela Apple. O Google não deve exigir que apps mostrem notificações pedindo permissão para manter o rastreamento, por exemplo. A empresa quer um equilíbrio entre interesses dos usuários, que pedem privacidade, e de desenvolvedores e anunciantes, que criticam as restrições sobre a coleta de dados.
“Estamos sempre procurando maneiras de trabalhar com desenvolvedores para elevar o nível de privacidade e, ao mesmo tempo, possibilitar um ecossistema de aplicativos saudável e com suporte de anúncios”, afirmou o Google, em nota à Bloomberg.
Ainda não há detalhes sobre como a restrição no Android funcionaria, mas é de se esperar que o Google busque uma alternativa menos rígida. A empresa fatura mais de US$ 100 bilhões por ano com anúncios e tem interesse em evitar mudanças bruscas no mercado de publicidade online.
O Google planeja encontrar uma solução parecida com a adotada no Chrome, que vai banir cookies de terceiros até 2022. Para coletar dados de uma forma menos invasiva, o navegador seguirá o padrão da empresa conhecido como Privacy Sandbox.
A Apple deve liberar em breve o recurso do iOS e iPadOS que oferece mais controle aos usuários sobre o rastreamento feito por aplicativos. Inicialmente, a ideia era que o recurso fosse liberado já na primeira versão do iOS 14. No entanto, a empresa adiou a mudança para oferecer mais tempo para desenvolvedores se adaptarem.
O Facebook, um dos principais críticos da regra, se antecipou à mudança e passou a exibir uma nova notificação aos usuários na segunda-feira (1º). No alerta, a rede social solicita permissão para manter o rastreamento voltado à publicidade personalizada enquanto os usuários navegam em outros sites e apps.
Na mensagem, o Facebook tenta convencer usuários sobre as vantagens do rastreamento. A empresa afirma que ele pode oferecer “melhor experiência de anúncios” e ajudar empresas que dependem do modelo para encontrar clientes.