Novo ETF de tecnologia na B3 vai investir em Mercado Livre, Magalu e Inter
TECB11, da Magnetis, segue índice que reúne 23 empresas de tecnologia com foco no mercado brasileiro; PagSeguro e Stone também estão no ETF
TECB11, da Magnetis, segue índice que reúne 23 empresas de tecnologia com foco no mercado brasileiro; PagSeguro e Stone também estão no ETF
Investidores que se interessam pelo setor de tecnologia terão mais uma opção em breve. A B3 deve ganhar um ETF (fundo negociado em bolsa) composto por empresas do segmento com sede no Brasil ou parte relevante de seus negócios no País.
O Índice de Ações Tech Brasil ETF Fundo de Índice será negociado com o código TECB11 e está atualmente em fase de reservas. As cotas serão negociadas por R$ 10, e o investimento mínimo nessa fase é de dez cotas por R$ 100. Ele entra em negociação pública no dia 4 de outubro.
O fundo tem gestão da Magnetis e taxa de administração de 0,6% ao ano. Ele se baseia no Índice de Ações Tech Brasil, da Teva Índices.
Este índice seleciona empresas dos setores de desenvolvimento de sistemas de intermediação financeira e serviços digitais, e-commerce (ou varejistas com ao menos 50% da receita vindo de vendas digitais), software, hardware e dados.
Elas são filtradas pelos seguintes critérios:
Os investimentos do fundo são distribuídos de acordo com a capitalização de mercado disponível para negociação de cada empresa, com limite de 20%.
Um dos grandes motivos para investir por meio de ETFs é conseguir diversificar os investimentos entre um grande número de empresas. O TECB11, porém, esbarra na falta de opções dentro da B3.
A carteira do ETF tem apenas 23 empresas, sendo que cinco delas correspondem a quase 80% dos investimentos. Índices estrangeiros semelhantes passam facilmente das 100 empresas.
Empresa | Peso no TECB11 |
---|---|
Stone | 20% |
Mercado Livre | 20% |
PagSeguro | 15,1% |
Magazine Luiza | 14,7% |
Banco Inter | 10,1% |
É interessante notar que as três maiores empresas na carteira do fundo optaram por abrir seu capital fora da B3: Stone e Mercado Livre são negociadas na Nasdaq, enquanto o PagSeguro está listado na NYSE. Elas estão disponíveis na bolsa brasileira por meio de BDRs (brazilian depositary receipts, que são recibos de ações negociadas em outras bolsas).
O material publicitário do fundo, porém, ressalta que o setor deve ter grandes IPOs em algum momento no futuro, casos de Nubank e iFood.
A indústria de ETFs no Brasil vem crescendo nos últimos dois anos e até ganhou um portal da B3 dedicado ao assunto. O setor de tecnologia é um dos queridinhos desse ramo dos investimentos. O TECB11 fará companhia para ativos de XP, Itaú e Investo.
Enquanto o novo fundo se concentra no Brasil, seus concorrentes buscam dar opções para investimento em mercados internacionais.