A consultoria Teleco reuniu os dados sobre telefonia móvel no Brasil em 2017, e algumas tendências ficaram bastante claras. A Vivo ampliou a liderança em participação de mercado; a Claro ultrapassou a TIM; enquanto a Oi segue perdendo clientes.

A Vivo está em primeiro lugar com 31,69% de participação de mercado — ainda mais do que no ano anterior. Depois temos a Claro (24,96%) seguida pela TIM (24,79%). Atrás delas está a Oi, com 16,47%.

As quatro operadoras fizeram uma “limpeza” em sua base de usuários no pré-pago. Como explica o Estadão, elas foram mais agressivas em desconectar chips inativos, porque pagam impostos em cima do número total de clientes.

Além disso, os brasileiros estão deixando de usar chips de várias operadoras, devido à crise econômica e ao WhatsApp. No total, foram encerradas 16 milhões de linhas pré-pagas — metade disso na TIM, explicando porque ela caiu para terceiro lugar no ranking geral.

Enquanto isso, no pós-pago, houve um forte aumento de clientes na Vivo, Claro e TIM: juntas, elas conquistaram 8,3 milhões de novas linhas.

Por sua vez, a Oi perdeu 115 mil linhas nesse segmento. Ela está em processo de recuperação judicial porque não consegue pagar R$ 64 bilhões em dívidas, e clientes empresariais perderam confiança na operadora. Alguns contratos com o governo também foram rescindidos.

A Oi vem tentando manter sua relevância. Ela direciona investimentos para cidades onde ela é líder; e oferece planos muito baratos — de R$ 14 a R$ 20, com ligações ilimitadas para outras operadoras — onde sua participação é baixa. Ela conseguiu aumentar sua presença em seis estados.

Devido à recuperação judicial, a Oi tem dificuldade em expandir sua cobertura 4G. Ela está presente em 800 cidades, contra 3 mil da TIM, 2,6 mil da Vivo e 1,4 mil da Claro.

Com informações: Teleco, Estadão.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.