Sheryl Sandberg, braço direito de Zuckerberg, deixa Meta após 14 anos
Diretora-chefe de operações, Sheryl Sandberg entrou na Meta em 2008, comandou criação da plataforma de anúncios e chefiou setor desde então
Diretora-chefe de operações, Sheryl Sandberg entrou na Meta em 2008, comandou criação da plataforma de anúncios e chefiou setor desde então
A Meta terá uma baixa importante. Sheryl Sandberg, COO da empresa, anunciou nesta quarta-feira (1º) que está de saída de seu cargo. Ela continuará no conselho de diretores, mas não será mais diretora-chefe de operações, deixando sua posição no segundo semestre. Sandberg estava há 14 anos na companhia, que é dona de Facebook, Instagram e WhatsApp.
Sandberg era a segunda pessoa mais importante no Facebook, abaixo apenas do fundador, CEO e maior acionista Mark Zuckerberg.
Ele diz que a mudança é o fim de uma era e não tem planos de dar as mesmas atribuições a outra pessoa. Javier Olivan, diretor-chefe de crescimento, vai assumir como COO em um papel mais tradicional, segundo Zuckerberg.
Sandberg entrou na Meta, então ainda chamada Facebook, em 2008. Ela ajudou Zuckerberg a construir o setor de anúncios da empresa e o liderou desde então.
A executiva tinha experiência na área: ela passou seis anos no Google construindo seus canais de venda online para AdWords e AdSense.
Segundo o site The Verge, diversas pessoas disseram que a executiva vinha amadurecendo a decisão há algum tempo. A saída não é surpresa para ninguém dentro da empresa, de acordo com um ex-funcionário.
Sandberg passou os últimos anos promovendo líderes de sua equipe para cargos mais proeminentes. Ela comunicou sua saída a Zuckerberg no último fim de semana.
Apesar da longa trajetória no Facebook/Meta, Sheryl Sandberg também teve momentos difíceis. A eleição para presidente dos EUA em 2016 esteve no centro de vários episódios para a empresa.
A COO foi criticada pela demora da rede social para responder às tentativas de interferência no pleito comandadas pela Rússia.
O escândalo envolvendo a Cambridge Analytica — que explorou uma fragilidade do Facebook para coletar dados de 50 milhões de usuários e aproveitá-los para direcionar anúncios políticos — também colocou Sandberg em uma posição frágil.
“Nossos produtos têm um impacto enorme. Por isso, devemos ter responsabilidade para construi-los de maneira a proteger a privacidade e a segurança das pessoas”, diz ela no post de despedida, compartilhado — é claro — no Facebook.
Mais recentemente, os problemas se tornaram de negócios. A Apple e autoridades regulatórias passaram a ter o Facebook e seus negócios de propaganda na mira, acusando a empresa de violar a privacidade com seu direcionamento de anúncios. O último resultado financeiro da Meta teve receitas abaixo do esperado.