Snapchat perde usuários pela primeira vez
Preferência pelo Instagram e redesign desastroso do aplicativo fizeram Snapchat perder 3 milhões de usuários no segundo trimestre
Preferência pelo Instagram e redesign desastroso do aplicativo fizeram Snapchat perder 3 milhões de usuários no segundo trimestre
Você ainda usa o Snapchat? Nos últimos meses, um número crescente de usuários tem respondido ‘não’ a essa pergunta: só no segundo trimestre de 2018, o serviço perdeu 3 milhões de contas ativas. O número foi revelado no mais recente relatório financeiro da Snap, companhia responsável pela rede social.
Parte do problema é atribuída a um inimigo poderoso e implacável: o Instagram. Depois que começou a suportar stories, a rede social pertencente ao Facebook passou a ser, cada vez mais, preferência dos adeptos de conteúdo efêmero — já são mais de um bilhão de usuários ativos por lá.
Mas não é só isso. Na tentativa de segurar a debandada de usuários, a Snap aplicou um redesign no aplicativo no Snapchat. Só que o efeito foi justamente o contrário do desejado: muita gente abandonou o serviço por ter odiado a nova versão. A queixa mais comum é a de que o aplicativo ficou mais difícil de usar. Nem o redesign do redesign parece ter ajudado.
Pelo menos não há só notícias ruins: apesar dos pesares, o Snapchat conseguiu encerrar o segundo trimestre com receita de US$ 262 milhões, superando as expectativas de US$ 251 milhões dos analistas.
Além disso, a rede social perdeu 3 milhões de usuários — é a primeira vez que a companhia registra diminuição expressiva de contas —, mas terminou o mesmo período com 188 milhões de perfis ativos. Não deixa de ser um número significativo, até porque representa crescimento de 8% em relação ao segundo trimestre de 2017.
O futuro é nebuloso, mas, pelo menos por enquanto, os investidores podem respirar aliviados. Entre eles está o príncipe saudita Alwaleed Bin Talal, que investiu recentemente US$ 250 milhões na Snap e, com isso, passou a deter 2,3% das ações da companhia. Ele também investe em serviços como Twitter e Lyft.
Com informações: Mashable, Business Insider.