Twitter Blue é lançado com problemas e pode chegar no Brasil por R$ 44,90 [atualizado]
Serviço de assinatura foi reformulado e disponibilizado nos Estados Unidos; Twitter suspendeu a venda do serviço para contas novas
Serviço de assinatura foi reformulado e disponibilizado nos Estados Unidos; Twitter suspendeu a venda do serviço para contas novas
O Twitter liberou a nova versão do seu serviço de assinatura. Conforme divulgado por Elon Musk, o chefão da rede social, o Twitter Blue custará US$ 7,99. Entretanto, a assinatura só está disponível para iOS e nos países que já contavam com o serviço — e para contas criadas antes de 9 de novembro.
Atualização
Página do Twitter na App Store apresenta novo preço para assinatura do Twitter Blue. Produto agora deve custar R$ 44,90, não mais R$ 25,90
O novo Twitter Blue já oferece o selo de verificação para os seus assinantes. Na verdade, das novidades prometidas por Musk, essa é a única que estava funcionando — as outras serão lançadas depois. Contudo, a venda da assinatura foi suspensa para contas novas. O motivo é que pessoas estavam usando o selo para se passarem por outras.
Como quase todo mundo debateu e opinou nos últimos, vender um selo de verificado seria mais um fator para ampliar a desinformação e as contas falsas na plataforma. Pouco depois da liberação do novo Twitter Blue, a assinatura foi suspensa porque usuários estavam comprando o serviço para ganhar o selo e fingir serem contas oficiais.
Agora, contas criadas depois do dia 9 de novembro estão temporariamente suspensas de assinarem o Twitter Blue. Em dos casos relatados, um fake do jogador de basquete Lebron James publicou que estava de saída do Los Angeles Lakers. A conta falsa usava @KINGJamez como nome de usuário. O jogador de verdade (que continuará no Lakers) utiliza @Kingjames, com “S” no final e sem caixa alta no “King”.
Outra conta fingiu ser a Nintendo Estados Unidos e publicou uma foto do Mario mostrando o dedo do meio. Está parecendo que era melhor manter dois verificados do que o “pague para verificar” — melhor, manter como sempre foi. Era menos confuso.
A conta fake se passando por Lebron James foi suspensa, mas os dois casos citados e mais outros envolvendo “trollagens” de mudanças de jogadores mostra que a compra de um selo pode prejudicar os fãs que querem apenas saber o que os seus ídolos estão fazendo. Usando de exemplo duas grandes torcidas do futebol brasileiro, imagine a confusão que seria um fake do Gabigol, com selo de verificado, anunciando que vai para o Corinthians.
O repórter Joon Lee, da ESPN, destaca algo importante dos casos. O Twitter é muito usado por fãs de esportes. No meu TCC, que envolveu o tópico de jornalismo esportivo, uma das pesquisas usadas como bibliografia mostrou que a rede social é a segunda tela dos eventos.
Musk disse querer que os usuários fiquem mais tempo na plataforma, mas “trollagens” como essas afastam o público. Seja um torcedor, fã de música ou apenas alguém que gosta de acompanhar influencers.
Ao clicar em um selo de verificado, o usuário poderá saber se a verificação veio por assinar o Twitter Blue ou por ser uma pessoa notável — em áreas como jornalismo, governo, entretenimento ou outra categoria. Uma boa tentativa de solucionar o problema, pena que continua falha.
Pegando o caso do LeBron James, para saber se a conta foi verificada por assinar o Twitter Blue ou pelo “sistema antigo” é necessário clicar para abrir a conta e logo depois no selo de verificado para saber a origem da verificação. Na internet, dois cliques é tempo demais. O usuário comum, que está mais para passar o tempo e talvez nem saiba desse recurso, verá uma conta verificada do LeBron e tomará a informação como verdadeira.
O Twitter Blue antigo não chegou a ser disponibilizado no Brasil, então ele nunca teve um preço oficial. Em um primeiro momento, a equipe do Tecnoblog apurou que a assinatura custaria R$ 25,90. Ao acessar o aplicativo do Twitter na App Store, é possível ver a lista de compras dentro do app. A primeira linha mostrava “Twitter Blue (1 Mês)” R$ 25,90. Veja a captura de tela:
Agora, o preço do serviço aparece na lista custando R$ 44,90 — com mais R$ 2,07, você pode assinar o Amazon Prime, GloboPlay e Deezer (25% de desconto para quem tem GloboPlay). A informação foi passada para nós por um de nossos leitores.
Na lista de compras dentro do app também aparecem diversas arrobas de usuários com os preços de seus respectivos Super Follow/Super Seguidor. Entre elas está a conta da jornalista brasileira Cristina Tardáguila, radicada nos Estados Unidos, e Gary Black, investidor americano.
O Super Follow ainda não está disponível no Brasil, mas os testes já foram liberados para diversos usuários. O preço da assinatura do Super Follow de Tardáguila é de R$ 14,90, enquanto a de Gary Black custa R$ 24,90.
A listagem dos valores, que inclui até um @teslaownersSV com o valor de R$ 14,90, parece uma “gambiarra” ou algum erro na hora de subir a atualização do aplicativo. O mais fácil de imaginar é que, em um futuro próximo, a seção também mostrará os possíveis preços do Super Follow, algo que o Twitter precisa fazer por usar o serviço de cobrança da App Store (aqueles 30% de comissão da Apple).