Vision Pro não deve passar de 500 mil unidades vendidas até o fim de 2024

Para consultoria, preço alto e falta de conteúdo são obstáculos para o headset. Apple estaria enfrentando dificuldades técnicas para criar modelo mais barato.

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 4 dias
Apple Vision Pro na sede da Apple nos Estados Unidos (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Apple Vision Pro na sede da Apple nos Estados Unidos (Imagem: Thássius Veloso / Tecnoblog)

A consultoria de mercado IDC prevê que a Apple não conseguirá alcançar a marca de 500 mil unidades vendidas do Vision Pro até o fim do ano. Nos Estados Unidos, onde o produto foi lançado em fevereiro, as vendas dão sinais de esgotamento, com uma queda de 75% na comparação com o trimestre anterior.

O lançamento do headset em mais países pode ajudar a segurar esta queda. No fim de junho, o Vision Pro chegou a mais mercados, como China, Japão, Singapura, Austrália, Canadá, França, Alemanha e Reino Unido.

Apple Vision Pro na sede da Apple nos Estados Unidos (Imagem: Thássius Veloso/Tecnoblog)
Apple diz que produto inaugura era da “computação espacial” (Imagem: Thássius Veloso / Tecnoblog)

Mesmo assim, o desempenho abaixo de 500 mil aparelhos está dentro do previsto até para a própria Apple, de acordo com fontes internas ouvidas em junho. Antes, em abril, já havia relatos de que as Apple Stores estavam fechando menos vendas de Vision Pro. Clientes até marcavam hora para conhecer o produto, mas não apareciam.

Apple prepara Vision Pro mais barato, mas tarefa é difícil

Para a IDC, o Vision Pro precisa melhorar em dois quesitos para vender mais: preço e conteúdo. Como observa a Bloomberg, clientes reclamaram da falta de aplicativos pensados para o aparelho e vídeos que aproveitem a tecnologia. Com o lançamento em outros países, o desafio é ainda maior, já que é preciso um esforço de desenvolvedores e produtores locais para atender a esta demanda.

Com relação ao preço, a Apple parece ter percebido que US$ 3.499 (cerca de R$ 19 mil, em conversão direta) é muito. A empresa teria pausado o desenvolvimento do Vision Pro 2 para se concentrar em criar uma versão mais barata do produto, sem que fosse necessário sacrificar as funcionalidades. Isso, porém, não é nada fácil.

Fontes ouvidas pela Bloomberg dizem que a Apple considerou até mesmo um headset para funcionar exclusivamente conectado a um iPhone ou Mac. Por outro lado, isso reduziria drasticamente a portabilidade. Outras soluções seriam reduzir o campo de visão e usar um processador mais acessível que o M2.

Mesmo assim, Bloomberg e IDC estimam que o Vision “não Pro” custaria por volta de US$ 1.600 e US$ 1.750. Nesse preço, ele continuaria como um dos headsets de realidade virtual mais caros do mercado.

Com informações: Bloomberg, Gizmodo

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