Waymo quer usar o Gemini na direção autônoma de seus robotaxis
Empresa de robotaxis do Google quer desenvolver um modelo de IA para direção autônoma. Uso de tecnologia baseada em LLMs permite direção mais adaptável
Empresa de robotaxis do Google quer desenvolver um modelo de IA para direção autônoma. Uso de tecnologia baseada em LLMs permite direção mais adaptável
A Waymo, serviço de táxi autônomo do Google, publicou um artigo no qual revela que usará o Gemini para uma nova tecnologia de direção autônoma. O Gemini é tanto o nome da IA generativa da big tech quanto do LLM, o motor dessas tecnologias. No caso, a empresa de robotáxi usará o LLM para o desenvolvimento do seu novo sistema de direção.
Com este anúncio, o Waymo sugere que as IAs generativas e seus LLMs podem ganhar uma nova função. Atualmente, o uso dessa tecnologia está associado a chatbots, respostas por email, geração de imagens, vídeos e aplicações profissionais — o próprio Gemini tem integrações ao Google Drive, assim como o Copilot no Microsoft 365.
O uso de uma IA generativa pode corrigir as limitações dos modelos atuais, baseados em algoritmos predefinidos, que são mais difíceis em se adaptar e lidar com novos cenários. Já os LLMs são capazes de aprender com o tempo e podem “decorar” parâmetros.
Obviamente, o LLM Gemini servirá como base e será adaptado para direção autônoma. Ainda assim, o fato de o Gemini ser generalista é visto como um ponto positivo. No artigo, a Waymo destaca que o LLM tem um “rico conhecimento de mundo” (como passar cola na pizza para grudar o queijo) e que o raciocínio em cadeia de conhecimento é superior aos algoritmos, já que busca imitar o raciocínio humano.
A ideia da Waymo é usar essas vantagens para criar o Modelo Multimodal de Ponta a Ponta para Direção Autônoma (EMMA em inglês). Segundo a empresa, os primeiros testes do EMMA foram positivos, demostrando uma “excelente capacidade” (aspas da Waymo) de prever trajetórias, detectar objetos e compreender a via.
A Waymo também destaca as falhas e limitações da tecnologia no momento, como a falta de integração com imagens 3D geradas pelo LiDAR e radares do veículo. Entretanto, a empresa não cita as alucinações de IA.
Ainda há um longo caminho para testes, desenvolvimentos e aprovação de órgãos competentes, mas já podemos imaginar alguns cenários futurísticos. Por exemplo, a EMMA decorando que em determinado local do trajeto há uma via rápida com saída de veículos lentos, o que a levaria a trocar de faixa para diminuir o risco de uma freada brusca.
Com informações: The Verge e Android Headlines