YouTube vai ficar com 100% da receita em anúncios de canais menores
Após alterar termos de serviço, YouTube poderá exibir anúncios em canais pequenos que não estão no Programa de Parcerias
Após alterar termos de serviço, YouTube poderá exibir anúncios em canais pequenos que não estão no Programa de Parcerias
O YouTube encontrou uma maneira de exibir ainda mais anúncios em sua plataforma sem ter que pagar aos donos de canais. Isso aconteceu por meio de uma mudança nos termos de serviço, que abriu a possibilidade de mostrar propagandas em canais menores, que não fazem parte do Programa de Parcerias e, por isso, não terão direito a nenhuma parte da receita.
Com a mudança, os termos de serviço do YouTube passarão a indicar que o dono do canal concede à plataforma o direito de monetizar o conteúdo, mas que o acordo “não dá direito a nenhum pagamento”. O texto indicará ainda que os pagamentos acontecem em acordos do Programa de Parcerias e de outras fontes de receita, como membros do canal e Super Chat.
Segundo a plataforma, um número limitado de vídeos de canais pequenos já conta com publicidade. “Isso significa que, como um criador que não está no Programa de Parcerias do YouTube, você pode ver anúncios em alguns de seus vídeos”, adiantou. Para virar parceiro e receber alguma parte do valor, o canal precisa ter mais de 4 mil horas de exibição nos últimos 12 meses e mais de 1.000 inscritos.
No Twitter, o YouTube afirmou que, mesmo nos canais menores, os vídeos deverão seguir diretrizes de conteúdo para exibirem anúncios. Com isso, não haverá publicidade em vídeos com linguagem inapropriada ou violência; com conteúdo relacionado a armas de fogo e produtos ilegais; que promovam violência ou ódio contra indivíduos ou grupos com base como raça, orientação sexual ou nacionalidade, entre outros.
O YouTube também atualizou a seção dos termos de serviço que trata sobre informações que não podem ser coletadas na plataforma. O texto já proibia a coleta de qualquer dado que pudesse ser usado para identificar alguém, como nome de usuário, exceto se houvesse a permissão da pessoa. Agora, a plataforma também explicitou que não permite a coleta de imagens do rosto, como nas fotos de perfil.
Na explicação sobre a mudança, o YouTube lembrou que nunca permitiu a coleta dessa informação, mas decidiu “incluir especificamente a linguagem em torno dos dados faciais para ser ainda mais claro”. A empresa não explica o que levou à alteração, mas, no início de 2020, a Clearview AI ficou conhecida por coletar bilhões de fotos do Facebook e do YouTube para ferramentas de reconhecimento facial.
As mudanças nos termos de serviço da plataforma entram em vigor nos Estados Unidos na sexta-feira (20) e deverão ser levadas aos demais países no final de 2021.
Com informações: The Verge, Engadget.
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