Simulador veicular deixa de ser obrigatório nas autoescolas
Governo espera que fim da obrigatoriedade do simulador reduza custos de emissão da CNH
Governo espera que fim da obrigatoriedade do simulador reduza custos de emissão da CNH
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu, na quinta-feira (13), acabar com a obrigatoriedade do simular veicular nas autoescolas de todo o Brasil. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, a decisão deve diminuir a burocracia e os custos para emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A obrigatoriedade do simulador entrou em vigor em 2015 e tinha como objetivo reduzir o risco de acidentes com quem está tendo os primeiros contatos com a direção de um carro.
Cabia então ao candidato à habilitação de categoria B fazer pelo menos cinco horas/aula de treinamento no simulador, além de um mínimo de 20 horas/aula em um veículo de verdade.
Mas, nas palavras do ministro Freitas, “o simulador não tem eficácia comprovada, ninguém conseguiu demonstrar que isso tem importância para a formação do condutor; (…) em países com excelentes níveis de segurança no trânsito também não há essa obrigatoriedade”.
Com a mudança, o simulador veicular passa a ser opcional. Além disso, o mínimo de aulas práticas cai de 25 para 20 horas, afinal, as cinco horas até então obrigatórias no simulador agora são facultativas. “Será uma opção do condutor fazer a aula [simulada] ou não”, disse o ministro.
Caso o candidato opte por fazer aulas no simulador, ele poderá “descontar” essas horas do treinamento em veículo real: serão 15 horas/aula obrigatórias em um carro verdadeiro, portanto, e cinco horas/aula no simulador veicular.
De acordo com o Contran, a nova regra deverá ser aplicada em todo o Brasil em até 90 dias. A expectativa do governo é a de que, com a decisão, os custos para emissão da CNH caiam em cerca de 15%.
Além de mudanças nas regras para obtenção de CNH na categoria B, o Contran anunciou que o prazo para implementação das placas veiculares no padrão Mercosul em todo o país foi adiado de 30 junho para o fim de 2019.
A justificativa dada é a de que a placa ainda está passando por ajustes técnicos. Entre as mudanças planejadas está a eliminação de determinados elementos gráficos e a adoção de um QR Code que dá acesso a informações mais detalhadas.
Com informações: Agência Brasil.