Quem disse que só de matérias primárias como argila e água vive o mundo da arte? Um estudante alemão estudando nos Estados Unidos conseguiu unir tecnologia à manifestação artística ao colocar em prática a execução das Dead Drops. Se você está passeando por Nova Iorque, é hora de correr para uma das áreas de intervenção do artista para conhecer o P2P offline.

O conceito por trás do trabalho é realmente interessante: vivemos uma era de informação na qual toda comunicação é feita online. No entanto, ainda existem formas de compartilhar arquivos sem depender necessariamente da obtenção de um IP e o upload/download de bits e bytes. Nas Dead Drops, o usuário apenas conecta o seu computador e pronto, pode receber os documentos e mandar os outros.

Por que offline? Porque para conseguir esse tipo de interação, primeiro é preciso levantar da cadeira e dirigir-se para um dos locais nos quais Aram Bartholl instalou pendrives que estão prontos para armazenar os arquivos. É algo descentralizado mesmo: você pluga seu notebook e copia para ele aquilo que lhe interessar. Também pode colocar arquivos seus em alguma pasta, naturalmente. Ou apagar tudo. Ou instalar um vírus, o que não seria nada legal.

Primeiro o artista fura a parede, coloca o pendrive e depois envolve com cimento
Depois os usuários plugam o computador e compartilham arquivos

Os pendrives são “injetados” em paredes, facilmente acessíveis pois estão em lugares públicos, de ampla circulação de pessoas. Pena que, por enquanto, a ideia está restrita apenas a NY.

Relacionados

Escrito por

Thássius Veloso

Thássius Veloso

Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Thássius é editor do Tecnoblog, comentarista da CBN, palestrante e apresentador de eventos. Já colaborou com Jornal Nacional e GloboNews, entre outros veículos, e ganhou o Prêmio Especialistas em três ocasiões. Pode ser encontrado como @thassius nas redes sociais ou pelo site thassius.com.