Polícia do RJ fecha loja de equipamentos furtados da Oi, TIM e Vivo

Equipamentos eram destinados para provedores de banda larga por fibra óptica; loja ficava em shopping de Teresópolis (RJ)

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Operadoras querem remuneração de big techs por uso da rede
Equipamentos roubados eram utilizados por provedores de banda larga com fibra óptica (Imagem: jarmoluk/Pixabay)

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro fechou uma loja que vendia produtos de transmissão de rede para pequenos provedores de internet banda larga. O estabelecimento vendia equipamentos roubados que eram exclusivamente destinados para grandes operadoras como Oi, TIM e Vivo.

A ação foi deflagrada na segunda-feira (22) por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Delegacia de Defesa dos Serviços de Delegados. A força-tarefa aconteceu após um trabalho de inteligência e investigação da Polícia Civil.

A empresa vendia mais de R$ 500 mil em equipamentos furtados. A loja funcionava dentro de um shopping em Teresópolis (RJ), e dois empresários foram conduzidos para a delegacia. Eles prestaram depoimentos e responderão pelo crime de receptação qualificada.

Equipamentos eram roubados e exclusivos para Oi, TIM e Vivo

Os produtos apreendidos eram fabricados pela Huawei e distribuídos exclusivamente para as operadoras Oi, TIM e Vivo. Os equipamentos são destinados para a transmissão de dados por fibra óptica.

De acordo com a Polícia Civil, alguns equipamentos chegam a custar R$ 60 mil e são utilizados para aumentar a potência de transmissão de dados na fibra óptica.

Mercadoria apreendida era avaliada em mais de R$ 500 mil (Imagem: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro)

Mercadoria apreendida era avaliada em mais de R$ 500 mil (Imagem: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro)

Os clientes dessa loja eram operadoras de banda larga que atuavam no interior do Brasil. Na imagem divulgada pela Polícia, é possível identificar placas OLT e transceptores GBIC ou SFP, que são utilizados por provedores para garantir a conectividade da casa do cliente a servidores na internet.

Em 2018, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu oito pessoas que furtaram cerca de 90 armários de equipamentos de internet, telefonia fixa e TV. O material roubado pelo grupo era revendido no Mercado Livre, e a operadora Claro sofreu prejuízo de R$ 5,4 milhões.

Com informações: Polícia Civil do Rio de Janeiro

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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