Amazon pode cobrar até US$ 10 mensais por Alexa mais avançada

Amazon pode lançar nova Alexa para brigar com ferramentas como ChatGPT e Microsoft Copilot, mas novidade exigiria assinatura mensal

Emerson Alecrim

Em maio, surgiram rumores de que a Amazon planeja lançar uma assinatura mensal da Alexa com inteligência artificial (IA) generativa. Burburinhos mais recentes dão conta de que esse plano está de pé: a companhia estaria cogitando cobrar entre US$ 5 e 10 por mês por esse serviço.

Esse movimento tem um motivo: guardadas as devidas proporções, tecnologias como Microsoft Copilot, Google Gemini e ChatGPT se mostram muito mais avançadas que a Alexa na entrega de resultados ao usuário.

A solução óbvia consiste em aprimorar a Alexa com recursos atuais de IA generativa. De acordo com a Reuters, a Amazon tem chamado essa nova versão de Remarkable Alexa (Alexa Notável, em tradução livre). Talvez esse seja só um nome provisório. O projeto tem “Banyan” como codinome interno.

Ainda não há definição sobre preços, mas fontes próximas à Amazon informaram à Reuters que a companhia considera um assinatura entre US$ 5 e 10 mensais nos Estados Unidos.

Três dessas fontes revelaram ainda que a Amazon quer que a Remarkable Alexa fique pronta para uso até agosto deste ano.

Por que a Amazon cobraria pela nova Alexa?

Uma das possibilidades é a de que a Amazon esteja planejando fazer da Alexa uma fonte consistente de receita. Desde que foi lançada, em 2014, a assistente virtual nunca deu lucro para a companhia.

Outra possibilidade é a de que a Amazon esteja tentando controlar os gastos. Em linhas gerais, tarefas de IA generativa exigem muita capacidade de processamento. Um plano pago seria uma maneira de compensar os custos com servidores, energia e afins.

Echo Dot de 4ª geração (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Echo Dot de 4ª geração com Alexa (imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Você assinaria o plano mensal da Alexa?

A Amazon tem alguns desafios se quiser mesmo lançar a Remarkable Alexa (ou qualquer que venha a ser o nome da modalidade). Para começar, é preciso que os recursos oferecidos sejam realmente mais interessantes do que os da Alexa atual.

Isso envolve respostas mais precisas e a realização de tarefas complexas, como redigir um e-mail completo e realizar um pedido no Uber Eats. Até a necessidade de pronunciar “Alexa” para acionar a assistente poderia ser descartada para os assinantes, disseram as fontes.

Mas, provavelmente, o maior desafio estará em convencer os usuários a pagarem pela Alexa mais “esperta”. Mesmo que os recursos oferecidos se mostrem mais avançados e o preço seja convidativo, ninguém fará uma assinatura se não enxergar vantagem nisso.

A Amazon ainda não confirmou a chegada de uma nova Alexa.

Leia | Como e por que mudar a palavra de ativação da Alexa [Amazon Echo]

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Foi reconhecido nas edições 2023 e 2024 do Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.