Engenheiro paraguaio cria Fusca elétrico com tecnologia de baixo custo
Carros elétricos podem ser o futuro dos transportes e todo aquele papo que a gente sempre lê. Sim, eles são incríveis e não emitem CO2 diretamente, só que a gente sabe que por enquanto eles são bem caros e ficam mais ainda se for um clássico convertido. Mas isso deve mudar, já que um engenheiro paraguaio desenvolveu um Fusca elétrico com tecnologia que mais pessoas podem comprar.
Para montar o Fusca, o engenheiro Mario Vernazza, formado na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), no Rio Grande do Sul, procurou peças simples por diversas partes do mundo. Depois de gastar cerca de 15 mil dólares em todas as peças e testes, o Fusca 85 (que é mais velho que o Mario) se tornou elétrico.
“Nós não criamos nenhuma tecnologia, somente estamos aplicando produtos que já existem no mercado internacional, de baixo custo, em comparação aos carros elétricos das grandes marcas. Assim qualquer pessoa que comprar um carro popular terá condições de ter um carro elétrico”, diz Mario. Entre os produtos estão 12 baterias de 170 ampéres e 8 volts que movem o carro numa velocidade de até 120 km/h e demoram entre oito a dez horas para carregar completamente numa tomada convencional.
O consumo é equivalente a um litro de etanol para cada 100 quilômetros rodados. Segundo o engenheiro, sua conta de luz subiu R$ 35 num mês que ele rodou cerca de 800 quilômetros. No Paraguai, o quilowatt-hora (kWh) custa R$ 0,19; como em São Paulo o custo é de R$ 0,24, eu gastaria uns R$ 45 para rodar 800 quilômetros por aqui. Uau.
Mario diz que um Fiat Uno básico poderia ser convertido por US$ 7 mil. Com isso o carro ganharia baterias de íons de lítio com autonomia urbana de 60 quilômetros e oito anos de vida útil. O valor pode não parecer tão pequeno, mas temos que levar em conta a economia e a melhora do ar que a conversão proporcionaria.
Alguns anos atrás já vimos um Fusca nacional elétrico, mas ele não tinha a tecnologia que esse tem e nem chegou perto de ter um kit comercializado para conversão de modelos à combustão.
Com informações: Gazeta do Povo