Este ano a Anatel pegou pesado com as operadoras: impediu a venda de novas linhas de três operadoras em todo o Brasil e determinou que todas elas apresentassem planos de melhoria. Desta vez, o presidente João Rezende afirmou que as operadoras deveriam parar de chamar seus planos de ilimitado ou infinitos.
Rezende afirmou que planos “ilimitados” ou “infinitos” deixam o usuário persuadido, de forma que ele pode utilizar usar e abusar do serviço sem custo algum, sendo que nada é infinito ou ilimitado. Ele está certo: todos os planos ilimitados na verdade tem um certo limite, como os pacotes de dados ou até mesmo planos de voz. Isso confunde o consumidor, principalmente na hora da adesão ao plano.
Vale dizer que esse problema com planos infinitos ou ilimitados não se aplicam apenas ao serviço de telefonia móvel. Planos de hospedagem para sites, por exemplo, prometem espaço e tráfego de banda ilimitado, sendo que quando o pico de tráfego é alto a conta é desativada, forçando o cliente a contratar um serviço mais caro. Esse fenômeno de planos “ilimitados” não ocorre só no Brasil, mas também em operadoras dos EUA e Europa.
Por fim, o presidente da agência diz que está insatisfeito com os investimentos das operadoras. Ele afirma que houve certo esforço, principalmente na estabilidade da prestação do serviço, mas que a telefonia móvel no Brasil está longe de ter um nível de qualidade decente. Os principais problemas continuam críticos nos setores de cobrança, informações aos usuários e acesso à rede de dados.
Apesar dos planos ilimitados enganarem muitas pessoas, questiono-me se esse não é o melhor modelo de negócios para o Brasil. Serviços de internet móvel, por exemplo, estão fazendo papel importante para a inclusão digital. Pessoas não habituadas a lidar com computadores não conseguem ter a noção imediata do que significa um megabyte ou gigabyte. Com os planos “ilimitados”, o assinante usa o quanto quiser e não tem que se preocupar com a conta, de forma que ele continua navegando na internet mas com uma velocidade inferior. O que você acha? Deixe a sua opinião nos comentários.
Com informações: Agência Brasil.