Mais 10 mil pessoas vão entrar no clube de demitidos da Meta
Ao todo, mais de 20 mil empregos foram perdidos na dona do Facebook e Instagram nos últimos meses; prioridade é de "achatar" as organizações internas
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou na terça-feira (14) a demissão de mais de 10 mil funcionários da empresa. Os desligamentos ocorrerão nos próximos meses e afetarão áreas como a de recrutamento, grupos de tecnologia e de negócios. Essa decisão segue o planejamento do que a companhia chamou de “Ano da Eficiência”, que envolve reestruturação e redirecionamento de investimentos.
Na postagem realizada no Facebook, o CEO afirmou que as decisões seguem dois objetivos atuais da empresa:
- Torná-la uma companhia de tecnologia melhor;
- Aprimorar o desempenho financeiro em um ambiente difícil para executar a visão de longo prazo.
Sendo assim, a Meta vai reduzir o ritmo de contratações e cancelará projetos de baixa prioridade para “achatar” suas organizações internas. A partir do dia 15 de março, as demissões na área de recrutamento terão início. Já em abril, será a vez dos grupos de tecnologia que começarão a receber a desagradável notícia. Por fim, alguns funcionários de finanças serão desligados a datar de maio.
Além disso, segundo o comunicado, certos casos poderão ser definidos até o fim de 2023. Como resultado, cerca de 10 mil pessoas perderão seus empregos nesse processo, enquanto 5 mil vagas abertas serão encerradas.
Vale lembrar que o Tecnoblog já tinha divulgado uma possível segunda rodada de demissões da Meta, após o desligamento em massa que a empresa fez em novembro de 2022.
Reestruturação poderá trazer novas vagas
Mark Zuckerberg agradeceu aqueles que deixarão a Meta nos próximos meses:
Isso será difícil e não há como contornar. Significará dizer adeus a colegas talentosos e apaixonados que fizeram parte do nosso sucesso. Eles se dedicaram à nossa missão e eu sou pessoalmente grato por todos os seus esforços. Apoiaremos as pessoas da mesma forma que fizemos antes e trataremos todos com a gratidão que merecem.
Mesmo com as demissões, a empresa continua apostando suas fichas no futuro e no Metaverso, já que ainda deve lançar o Meta Quest 3 em 2023. Ademais, a companhia planeja criar uma rede social para concorrer com o Twitter, o que eventualmente pode trazer novas oportunidades de emprego.
O CEO também quer aprimorar o sistema de trabalho entre o home office e o presencial, pois a ideia de construir uma “empresa de tecnologia melhor” passa por esse contexto de visão, cultura e filosofia operativa:
Após a reestruturação, planejamos suspender os congelamentos de contratação e transferência em cada grupo. Outros cronogramas de eficiência relevantes incluem a segmentação neste verão para concluir a análise de nosso trabalho híbrido para que possamos refinar ainda mais nosso modelo de trabalho distribuído. Também pretendemos ter um fluxo constante de melhorias de produtividade do desenvolvedor e melhorias de processos ao longo do ano.
Ao todo, já são mais de 20 mil pessoas que perderam e perderão seus empregos apenas na Meta. Outras como o Google e a Microsoft já anunciaram desligamentos recentemente.
Com informações: The Verge.