Operadora é condenada em US$ 1,1 bilhão por morte de cliente de internet

Empresa americana recebeu a condenação no valor inicial de US$ 7 bilhões, mais do que o lucro líquido da Vivo no Brasil em um ano inteiro

Ricardo Syozi
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O assassinato de uma mulher de 83 anos no condado de Dallas, nos Estados Unidos, fez com que um juiz condenasse uma companhia de telecomunicações a pagar cerca de US$ 1,1 bilhão em indenizações. O assassino trabalhava para a empresa Charter Communications quando visitou a vítima para a instalação de cabos de rede. Ele cometeu o crime na própria residência da idosa.

O crime ocorreu em 2019 e foi cometido por Roy Holden. O réu admitiu a culpa pelo assassinato de Betty Thomas e recebeu a sentença de prisão perpétua em abril de 2021.

Porém, o júri ordenou que a empresa de telecomunicações Charter Communications também fosse considerada parte do processo. No entender das pessoas no tribunal, a companhia foi negligente ao contratar o senhor Holden sem verificar seus antecedentes, além de ignorar uma série de situações controversas. Elas incluem furtos de cartões de crédito e cheques de clientes idosas.

Sendo assim, a primeira condenação da firma foi a de pagar cerca de US$ 7 bilhões em acusações punitivas e US$ 337,5 milhões em indenizações. A família da vítima e o estado do Texas deveriam dividir o valor.

No entanto, o juiz Juan Renteria decidiu diminuir os valores. Agora, a operadora deve pagar US$ 1,1 bilhão. Vale apontar que a Charter Communications teve uma receita de US$ 13,1 bilhões no ano fiscal de 2021. Ela ainda planeja recorrer da sentença.

Valor é maior do que o lucro anual da Vivo

Mesmo com a redução da pena por parte do juiz, o valor que a companhia de telecomunicações deve pagar ainda é extremamente exorbitante. Para efeito de comparação, uma das principais empresas de internet do Brasil, a Vivo, alcançou um lucro de R$ 6,2 bilhões em 2021.

Ou seja, podemos definir que a punição direcionada a firma americana seria o suficiente para tirar o lucro de um ano inteiro da operadora mais lucrativa do Brasil. Isso porque US$ 1,1 bilhão seria algo em torno de R$ 5,7 bilhões em uma conversão direta.

Com informações: Ars Technica.

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Ricardo Syozi

Ricardo Syozi

Ex-autor

Ricardo Syozi é jornalista apaixonado por tecnologia e especializado em games atuais e retrôs. Já escreveu para veículos como Nintendo World, WarpZone, MSN Jogos, Editora Europa e VGDB. No Tecnoblog, autor entre 2021 e 2023. Possui ampla experiência na cobertura de eventos, entrevistas, análises e produção de conteúdos no geral.

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