Reino Unido dispensa recurso de Apple e Google em app de COVID-19

Aplicativo do Reino Unido para monitorar COVID-19 utilizará abordagem centralizada e rastreamento via Bluetooh

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
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O Reino Unido anunciou um aplicativo para monitorar a COVID-19 (novo coronavírus), na sequência de outros países europeus. Mas, ainda que utilize Bluetooth para rastrear as redondezas, o app do Sistema Nacional de Saúde (NHS) dispensará a tecnologia desenvolvida por Apple e Google para prevenir a doença.

A ferramenta anunciada pela Apple e Google é um esforço em conjunto das duas empresas para monitorar a doença. A API utiliza uma abordagem descentralizada, onde todo o cruzamento de dados é feito no celular dos usuários, e não em servidores de governos ou empresas.

O app do Reino Unido seguirá um caminho diferente. A ferramenta utilizará um método centralizado, onde as verificações são realizadas em um servidor remoto, ou seja, fora do celular dos usuários.

A adoção de abordagens centralizadas vêm causando críticas e preocupações nos últimos tempos. Além dos possíveis impactos na performance desses aplicativos, especialistas e entidades civis afirmam que o método pode violar a privacidade de usuários, já que facilita a vigilância de usuários por meio desses aplicativos.

Mas o governo britânico vê um lado positivo nessa história, pois auxilia na coleta de dados para combater a doença como facilita o desenvolvimento do app.

Segundo o epidemiologista Christophe Fraser, que está aconselhando as autoridades do NSHX, à BBC, “uma das vantagens é que é mais fácil auditar o sistema e adaptá-lo mais rapidamente à medida que as evidências científicas se acumulam”.

De resto, o aplicativo do Reino Unido dependerá de conexões via Bluetooth para monitorar pessoas da redondeza. Caso haja alguém que testou positivo para a doença por perto, o usuário será notificado no mesmo instante.

Segundo as autoridades, os alertas serão anônimos.

As autoridades britânicas também afirmam que encontraram meios para o aplicativo funcionar “suficientemente bem” no iPhone.

“Os engenheiros cumpriram vários desafios principais para o aplicativo atender às necessidades de saúde pública e oferecer suporte à detecção de eventos de contato suficientemente bem, inclusive quando o aplicativo está em segundo plano, sem afetar excessivamente a vida útil da bateria”, explica um porta-voz do NHSX ao jornal britânico.

Outros países europeus também anunciaram seus próprios aplicativos para monitorar o coronavírus, como Alemanha e França. A União Europeia também lançou um guia para o desenvolvimento apps que monitoram a COVID-19, com ênfase em privacidade.

Com informações: BBC e TechCrunch

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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