Por apagão do WhatsApp, Procon-SP aplica multa milionária ao Facebook Brasil

Procon-SP multa dona do Facebook após apagão do WhatsApp em outubro; instabilidade deixou serviço fora do ar por cerca de seis horas

Bruno Gall De Blasi
• Atualizado há 1 ano

dona do Facebook no Brasil recebeu uma multa milionária do Procon-SP devido ao apagão do WhatsApp em outubro. A penalidade foi anunciada pelo órgão de defesa do consumidor paulista neste fim de semana após ter notificado a companhia. Em reação, a responsável pelo mensageiro afirmou que vai recorrer da decisão.

A penalidade parte da instabilidade do mensageiro e de outros serviços quando a empresa ainda se chamava Facebook. Em 4 de outubro, os produtos da Meta saíram do ar por volta de 13h no horário de Brasília. Depois, o WhatsApp e outras redes sociais, só voltaram a funcionar lá pelas 19h, totalizando cerca de seis horas de queda.

Em reação ao incidente, o Procon-SP notificou o WhatsApp no dia seguinte. “Somente em caso fortuito externo, que é um terremoto muito forte, por exemplo, poderá isentar o WhatsApp de responsabilidade”, afirmou Fernando Capaz, diretor-executivo do órgão. “Falhas internas não eximem a responsabilidade da prestadora de serviço.”

O novo capítulo dessa história só veio à tona neste fim de semana. Devido ao apagão do WhatsApp, o Procon-SP aplicou uma multa de R$ 11 milhões ao braço da Meta no Brasil, que é responsável pelo mensageiro, Facebook e Instagram. Ao Poder360, a companhia afirmou que vai recorrer da decisão do órgão de defesa do consumidor paulista.

App do Facebook (Imagem: Thomas Sokolowski/Unsplash)
Facebook, WhatsApp e outros serviços da Meta ficaram fora do ar por cerca de seis horas em outubro (Imagem: Thomas Sokolowski/Unsplash)

Apagão do WhatsApp e Facebook: saiba o motivo da queda

A instabilidade aconteceu em 4 de outubro. Mas a explicação do incidente só veio depois: no dia seguinte, a companhia informou que a queda foi causada por uma falha na configuração de seus roteadores. A justificativa parte de um comunicado assinado por Santosh Janardhan, vice-presidente de infraestrutura da rede social.

“Nossas equipes de engenharia descobriram que as alterações nas configurações dos roteadores de backbone que coordenam o tráfego de rede entre nossos data centers causaram problemas que interromperam essa comunicação”, disse Janardhan. “Essa interrupção no tráfego de rede teve um efeito cascata na maneira como nossos data centers se comunicam, interrompendo nossos serviços.”

Ainda assim, os serviços da Meta não foram os únicos que encararam com algum tipo de dificuldade naquele dia. Usuários de outros mensageiros, como o Telegram, também relataram instabilidade em 4 de outubro, ainda que não houvesse queixas de falha generalizada na plataforma. O dia também foi palco de reclamações relacionadas ao Twitter e até mesmo sobre o funcionamento de operadoras do Brasil e outros países.

Com informações: Poder360

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.