Se você mora numa cidade de médio ou grande porte, provavelmente tem pelo menos duas ou três opções de serviços de banda larga para escolher. No meu caso, são três: Vivo Speedy, NET Vírtua e Live TIM. Só que essa não é a realidade da maioria das cidades brasileiras: de acordo com uma pesquisa da Ovum, 57% delas são dominadas por apenas uma empresa.

Nós não estamos tão mal em número de conexões: segundo uma pesquisa do Ibope, 105,1 milhões de brasileiros acessaram a internet em 2013. O problema é que, além do fato de boa parte dessas pessoas terem apenas conexão discada, a distribuição da oferta dos serviços de banda larga ainda é muito desigual.

Fibra óptica

Em mais da metade das cidades brasileiras, que somadas possuem 42 milhões de habitantes, há apenas 500 mil conexões de banda larga fixa, segundo a Ovum — ou seja, a taxa de penetração nessas cidades é semelhante à média nacional de 10 anos atrás. A empresa chega a dizer que o mercado de banda larga é mais concentrado que a distribuição de renda no Brasil.

Para chegar a essa conclusão, a Ovum dividiu as cidades brasileiras em três grupos. O primeiro grupo, com taxas de penetração de banda larga fixa acima da média do país, reúne cidades que concentram 53% da população, 71% do PIB e 85% das conexões de banda larga. Por outro lado, o último grupo tem cidades com 22% da população e 8% da renda, mas apenas 2% de conexões banda larga.

Mesmo com a alta penetração de banda larga nas grandes cidades, as tecnologias e a velocidade das conexões continuam ultrapassadas: só 3% usam fibra até o armário ou residência, e apenas 15% possuem velocidades acima de 12 Mb/s. E olha que, em janeiro, a FCC determinou que uma conexão só pode ser chamada de banda larga nos Estados Unidos se alcançar pelo menos 25 Mb/s de download e 3 Mb/s de upload.

Onde você mora? Quais opções de banda larga estão disponíveis aí?

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Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.