Com média de 3,4 Mb/s, Brasil ocupa 89º lugar em ranking de velocidade de acesso
A Akamai liberou nesta quarta-feira (24) mais uma edição do State of the Internet, estudo periódico que avalia a capacidade de acesso à internet de mais de 200 países. Em relação ao Brasil, a pesquisa aponta discretas, mas consideráveis melhorias na qualidade das conexões.
O novo relatório é baseado em dados coletados no primeiro trimestre de 2015. Durante o período, o Brasil registrou média de 3,4 Mb/s (megabits por segundo) nas conexões à internet. No primeiro trimestre do ano passado, o país obteve média de 2,6 Mb/s.
Não deixa de ser um avanço importante, mesmo assim, não dá para comemorar muito: o Brasil permanece abaixo da média mundial que, no primeiro trimestre do ano, foi de 5 Mb/s. Isso faz com que o país ocupe, novamente, a 89ª posição do ranking global de velocidade criado pela Akamai.
Para o espanto de ninguém, a liderança da classificação está, outra vez, nas mãos da Coreia do Sul: a média de velocidade do país ficou em 23,6 Mb/s. Irlanda e Hong Kong aparecem na sequência com 17,4 Mb/s e 16,7 Mb/s, respectivamente.
Em relação à América Latina, o Brasil ocupa a 8ª posição. O país perde para o Uruguai (média de 6,7 Mb/s), Chile (5,7 Mb/s), México (4,9 Mb/s), Argentina (4,6 Mb/s), Colômbia (4,5 Mb/s), Peru (4,5 Mb/s) e Equador (4,1 Mb/s).
Por aqui, há ainda outro complicador. A Akamai considera como banda larga apenas as conexões que possuem velocidade de 4 Mb/s ou mais. No Brasil, essa é a realidade de apenas 31% das conexões fixas à internet. Já a proporção de acessos que contam com taxa de pelo menos 15 Mb/s é de 0,5%.
A boa notícia para nós é que a abrangência do acesso à internet aumentou 17% em relação ao primeiro trimestre de 2014 — a maior proporção de todo o ranking. Em outras palavras, há mais brasileiros com conexão à internet. A conclusão tem como referência a quantidade de IPs obtidos por cada país. O Brasil usou 48,1 milhões de endereços no início do ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (151,8 milhões) e da China (127 milhões).
Também houve medições referentes aos acessos móveis. Nos primeiros três meses do ano, o Brasil apresentou média de 2,5 Mb/s contra 1,8 Mb/s do trimestre anterior. Novamente, um progresso importante, mas que deixa claro que ainda há muito o que ser feito: somente 7,2% das conexões móveis do país têm 4 Mb/s ou mais de velocidade.
O relatório completo da Akamai está disponível aqui (PDF).