Algumas mesas da luxuosa sede da Oi no bairro de Botafogo, no Rio, provavelmente foram esmurradas nessa semana. É que a empresa divulgou seus resultados financeiros para o primeiro trimestre desse ano. Em resumo: os acionistas não devem ter gostado nem um pouco de ver os números vermelhos da empresa. Houve um prejuízo de R$ 395 milhões no período.

A Oi atribui esse resultado entristecedor a despesas não recorrentes (ou seja, em caráter excepcional), como uma decisão judicial sobre valores de parcelamento cadastrados em 2003. Um processo de padronização da contabilidade também afetou o lucro da empresa.

Houve reversão de lucros na Oi, visto que a empresa havia lucrado R$ 518 milhões no mesmo período de 2010. A receita líquida também caiu de R$ 7,4 bilhões para R$ 6,9 bilhões no trimestre, resultando em redução de 7,1%.

Pelo menos uma notícia é boa para os acionistas da Oi (Tele Norte Leste Participações, Telemar Norte Leste e Brasil Telecom): a divida líquida da companhia também caiu. Estimada em R$ 21 bilhões no primeiro trimestre do ano passado, foi reduzida em 32,3%, para R$ 14,3 bilhões.

Não é segredo para ninguém que a Oi ainda sofre com a compra da BrT, negócio iniciado em janeiro de 2008. Pode ser que, com a chegada dos portugueses da PT Telecom, a companhia finalmente assuma seu caráter internacional e passe a oferecer seus serviços nos demais países da América Latina.

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Thássius Veloso

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Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Thássius é editor do Tecnoblog, comentarista da CBN, palestrante e apresentador de eventos. Já colaborou com Jornal Nacional e GloboNews, entre outros veículos, e ganhou o Prêmio Especialistas em três ocasiões. Pode ser encontrado como @thassius nas redes sociais ou pelo site thassius.com.