TIM lidera perda de clientes desde início da portabilidade numérica

Claro lidera ranking de pedidos de portabilidade; TIM, Oi e Vivo recebem mais pedidos de doação que novas adições

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Bandeja e cartão nano-SIM (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Bandeja e cartão nano-SIM (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Anatel passou a divulgar os números da portabilidade numérica no Brasil, e pode-se observar alguns dados: a TIM é a empresa que mais perdeu números de celular para outras prestadoras desde 2008, quando houve a implementação do intercâmbio de linhas entre diferentes empresas. Nos últimos cinco anos, a Vivo lidera a evasão de clientes.

Os dados mais recentes são referentes ao mês de outubro de 2020. No total, a Anatel registrou 62,6 milhões de portabilidades efetivadas, das quais 44,6 milhões são referentes a linhas móveis.

TIM perdeu 12,8 milhões de linhas para concorrentes

De 2008 até hoje, a TIM já doou 12,8 milhões de números móveis para outras empresas. Em seguida aparece a Vivo, com 12,1 milhões de linhas, seguida por Claro (9,6 milhões), Oi (7,7 milhões) e Nextel (1,57 milhão).

Por outro lado, a empresa que mais recebeu números foi a Claro, com 14,47 milhões de portabilidades efetivadas, seguida por Vivo (12,5 milhões), TIM (8,6 milhões), Oi (4,4 milhões) e Nextel (3,5 milhões).

A Anatel também soma o saldo líquido da portabilidade, ou seja, a diferença entre os números doados e os recebidos.

A Claro é a empresa que mais se destaca no segmento móvel, com 4,7 milhões, seguida pela Nextel (1,9 milhão), Vivo (418,7 milhões) e Algar (56,6 milhões). Outras teles ficaram com saldo negativo: a Oi doou 3,2 milhões de linhas, enquanto a TIM perdeu 4,2 milhões de números para a concorrência.

Veja o saldo líquido desde o início da portabilidade numérica:

Saldo líquido da portabilidade numérica desde 2008 (Imagem: Reprodução/Anatel)

Saldo líquido da portabilidade numérica desde 2008 (Imagem: Reprodução/Anatel)

Vivo lidera perdas de números nos últimos cinco anos

Nos últimos cinco anos, o cenário muda um pouco: a Vivo é a operadora que mais doou números, com 7,3 milhões, seguida por TIM (7,2 milhões), Claro (4,8 milhões), Oi (4,3 milhões) e Nextel (1,4 milhão).

Enquanto isso, a Claro continua como a principal receptora, com 8,7 milhões de linhas, seguida por Vivo (7,2 milhões), TIM (4,8 milhões), Nextel (3 milhões) e Oi (1,8 milhão).

No período, a Claro mantém com folga a liderança no saldo líquido, com 3,8 milhões de adições, enquanto a Nextel recebeu 1,5 milhão de números. Todas as outras grandes operadoras ficaram negativas: a Oi teve maior perda, com 2,5 milhões de doações, seguida por TIM (2,3 milhões) e Vivo (909 milhões).

Confira a seguir o saldo líquido de portabilidade numérica dos últimos cinco anos:

Saldo líquido da portabilidade numérica entre 2016 a outubro de 2020 (Imagem: Reprodução/Anatel)

Saldo líquido da portabilidade numérica entre 2016 a outubro de 2020 (Imagem: Reprodução/Anatel)

TIM perde para Nextel na portabilidade em São Paulo

Vale a pena dedicar uma análise específica para São Paulo: o DDD 11 possui mais de 38,3 milhões de linhas e é, de longe, a região com a maior concentração de celulares no Brasil. A Vivo é líder de mercado nessa área, com 41,1% dos chips, seguida por TIM (22,5%), Claro (19,5%), Oi (10,9%) e Nextel (4%).

A Claro novamente se destaca e mantém saldo positivo de 1,49 milhão de portabilidades nos últimos cinco anos. A TIM foi a companhia que mais perdeu números no DDD 11, com 1,29 milhão, seguida por Oi (769 mil) e Vivo (580 mil).

Veja o saldo líquido da portabilidade do DDD 11 nos últimos cinco anos:

Saldo líquido da portabilidade numérica em São Paulo (DDD 11) entre 2016 e 2020 (Imagem: Reprodução/Anatel)

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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