Claro, TIM e Vivo assinam contrato de compra da Oi Móvel
Oi Móvel foi vendida para Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões; negócio ainda precisa de aprovação pela Anatel e Cade
As operadoras Claro, TIM e Vivo prosseguiram com os trâmites de compra da Oi Móvel e assinaram nesta quinta-feira (28) o contrato da aquisição. O negócio de R$ 16,5 bilhões deve dividir a base de clientes, espectro e outros ativos de telefonia celular da Oi.
Ainda que o contrato tenha sido celebrado e o leilão ocorrido, o negócio precisa ser aprovado pela Anatel e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Detalhes específicos do documento não foram divulgados pelas empresas.
Oi Móvel foi vendida em 2020
Para a Oi prosseguir com o plano estratégico de se tornar uma companhia de fibra, a divisão móvel foi leiloada em dezembro de 2020. Na ocasião havia apenas uma proposta conjunta da Claro, TIM e Vivo. As compradoras figuravam na condição de stalking horse, tendo direito de cobrir valores maiores de outros proponentes.
Antes do leilão, outras empresas consideraram adquirir a Oi Móvel. A Highline, do fundo canadense Digital Colony, chegou a apresentar uma oferta vinculante em julho com a intenção de transformar a operadora em uma rede móvel neutra, mas não renovou a proposta.
Clientes e espectro serão divididos entre Claro, TIM e Vivo
Com um competidor a menos, as operadoras já se antecipam para conter um efeito de concentração de mercado e planejam dividir a base de clientes por regiões, de forma a agradar o Cade e a Anatel:
- a TIM deve ficar com a maior parte e arcará com R$ 7,3 bilhões, obtendo 40% dos clientes, 7,2 mil sites de acesso e 49 MHz de licenças de espectro;
- a Claro não deve levar espectro, mas ficará com a 32% da base de clientes e 4,7 mil sites de celular, com custo final de R$ 3,7 bilhões;
- a Vivo pagará R$ 5,5 bilhões para ficar com 10,5 milhões de clientes, 2,7 mil sites e 43 MHz de radiofrequências.