Meta explica algoritmo do Instagram antes da UE forçar divulgação
Empresa de Mark Zuckerberg lançou página com “22 cartões” explicando funcionamento do seu algoritmo; lei da União Europeia forçará divulgação a partir de 2024
Empresa de Mark Zuckerberg lançou página com “22 cartões” explicando funcionamento do seu algoritmo; lei da União Europeia forçará divulgação a partir de 2024
Nesta quinta-feira (29), a Meta publicou em seu site oficial uma explicação sobre o funcionamento dos algoritmo das suas redes sociais — Facebook e Instagram. Na publicação, a empresa de Mark Zuckerberg dá uma base de como as recomendações aparecem para os usuários, o que é um grande mistério para algumas pessoas.
Em 2021, a Meta também divulgou como as sugestões eram realizadas no Feed e Explorar do Instagram. Todavia, a inteligência artificial (ou algoritmo) usado pelas redes sociais estão em constante evolução. Essas atualizações são realizadas para melhorar a experiência do usuário e renovar o conteúdo com base nos gostos das pessoas. Afinal, seres humanos mudam: o que eu posso curtir hoje pode não ser o mesmo daqui há um ano — ou menos.
Sabe aquele papo de mãe de “aquele seu amigo é uma boa/má influência”? Isso é uma das melhores definições sobre o método de recomendação do Facebook e Instagram. Na seção do Facebook, a Meta explica que a prioridade é o seu “círculo virtual”: publicações compartilhadas por amigos, o conteúdo das páginas que você segue e grupos dos quais você faz parte.
Depois, a inteligência artificial avalia os “sinais de entrada”, como, por exemplo, o histórico de interação com os autores de uma publicação. O algoritmo seleciona os conteúdos com base na pontuação de relevância adquirida desses sinais. As publicações com maiores pontuações lideram o “ranking” e são priorizadas no seu Feed.
No Instagram, o funcionamento não difere muito. Há uma avaliação da interação com as contas e sinais para recomendar conteúdos no feed, Explorar e Reels. Para esta rede social, a Meta também apresentou como o algoritmo prioriza a ordem dos stories.
Além de histórico de interação com o autor, a inteligência artificial avalia como você reage com o story (se responde, curte ou retorna para visualizar) e a probabilidade de conhecer o autor pessoalmente — agora a Bruna Biancardi pode ter uma noção de porquê algumas modelos aparecem na lista de primeiros stories do Neymar.
Entre os 22 cards sobre os funcionamentos do algoritmo das suas redes sociais e em seu blog, a Meta também ensina como melhorar as recomendações e novos recursos para entregar conteúdos mais condizentes com o gosto do usuário.
Não é difícil treinar o algoritmo. Um dos métodos é interagir com temas que você goste (por exemplo, meu Feed e Explorar é recheado de vídeos da série The Office). A Meta recomenda ainda ocultar ou deixar de seguir aquilo que é irrelevante para você, gerenciar favoritos, denunciar conteúdos impróprios e clicar nos botões “Mostrar mais” ou “Mostrar menos” — estes dois serão “renovados” para ficarem mais acessíveis aos usuários.
A Meta ensinando os usuários a treinar o algoritmo para melhorar sua experiência com o app lembra uma atualização do TikTok. Em março, a rede social da ByteDance lançou uma ferramenta para “resetar” o algoritmo de recomendação.
A Meta divulgou as informações do seu algoritmo não por bondade, mas para adiantar sobre a legislação da União Europeia. A partir de 2024, a Lei de Mercados Digitais entra em vigor nos países membros da UE. Então, as empresas de tecnologia e serviços online terão que agir de modo mais transparente em relação ao seus algoritmos.
Na semana passada, a Meta lançou o Meta Verified, serviço de assinatura para verificação de contas. No lançamento — e na publicação informando o funcionamento do algoritmo —, a empresa não informou se o Meta Verified impacta na recomendação do conteúdo. Ou seja, uma conta com o selo azul comprado não terá prioridade no ranking de exibição no feed.
Com informações: Engadget e TechCrunch
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