OpenAI diz que IA está chegando ao nível 2 (e o máximo é 5)

No próximo nível, ChatGPT poderia resolver problemas com as mesmas habilidades de um humano com doutorado; nível máximo de IA pode ser alcançado antes de 2030

Lucas Braga
Por
OpenAI
OpenAI está próxima de alcançar próximo nível de inteligência artificial (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Você pode achar o ChatGPT surpreendente, mas ainda há muito espaço para evoluir. A OpenAI criou uma escala para medir a evolução dos seus sistemas de inteligência artificial, e os chatbots atuais ainda estão no nível 1 de 5 — mas a empresa afirma estar a caminho do nível 2.

As informações foram reveladas para a Bloomberg por um porta-voz da OpenAI. O ChatGPT como conhecemos hoje ainda se enquadra no nível 1, capaz de interagir com pessoas utilizando linguagem de conversação. No nível 2, a IA conseguiria resolver problemas básicos da mesma maneira de que um humano com doutorado faria sem acesso a nenhuma ferramenta.

Na escala da OpenIA, o nível 3 seria definido por agentes de inteligência artificial aptos a tomar ações em nome de uma pessoa durante vários dias. No nível 4, os sistemas de inteligência artificial conseguiriam, sozinhos, criar novas inovações sem depender de ideias existentes.

O ápice da evolução seria o nível 5, com os algoritmos atingindo a inteligência artificial geral (AGI). Na definição da OpenAI, os sistemas de IA nesse patamar seriam capazes de executar tarefas melhores do que humanos, com capacidade para executar o trabalho de uma organização inteira.

OpenAI quer atingir AGI ainda antes de 2030

Ainda que o nível de AGI pareça inalcançável nos dias de hoje, há quem trabalhe para que as ferramentas evoluam no médio prazo. No caso da OpenAI, Sam Altman, CEO da companhia, acredita que isso aconteça em nos próximos quatro ou cinco anos.

ChatGPT e Sam Altman, CEO da OpenAI
Sam Altman, CEO da OpenAI, quer nível 5 antes de 2030 (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Nesse futuro não-tão-distópico, a OpenAI acredita que a inteligência artificial poderia melhorar a economia global, expandir o conhecimento científico e melhorar a qualidade de vida de bilhões de pessoas, graças ao acesso a uma IA com maior qualidade e melhores ideias.

Para os humanos, existem sérias preocupações quanto a confiabilidade, segurança, ética e substituição de mão-de-obra. Se no nível 1 vários empregos já foram extintos em prol da inteligência artificial, os trabalhos podem reduzir ainda mais com a evolução da tecnologia. Além disso, a IA ainda não se mostrou confiável o suficiente em todas as tarefas.

Essas preocupações já chamam a atenção dos governos. No Brasil, a Meta foi proibida de utilizar dados de usuários de suas plataformas para treinar algoritmos. A Anatel também pediu explicações à Vivo sobre o uso da IA no atendimento ao cliente

Com informações: The Verge, Time

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