Samsung Galaxy Z Flip 3: eis um dobrável “normal” e bom

Com novo design, nova tela e mais resistente, Galaxy Z Flip 3 se tornou um celular dobrável "normal", para qualquer pessoa

Darlan Helder
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• Atualizado há 10 meses
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Samsung está apostando todas as fichas na sua linha de dobráveis. Isso ficou ainda mais claro após a fabricante deixar a família Galaxy Note na geladeira para focar no Z Flip e no Z Fold de 2021. A empresa foi corajosa, recebeu críticas e parece ter aprimorado muita coisa este ano para provar que ela está na vanguarda dos smartphones dobráveis. Será que o Galaxy Z Flip 3 consegue mostrar a maturidade da Samsung no setor?

Como qualquer outro celular topo de linha, o Z Flip 3 tem um processador potente, o Snapdragon 888 5G, uma construção sofisticada com certificação IPX8 (sei lá que mágica eles fizeram aqui), tela AMOLED com taxa de 120 Hz e um preço alto. Talvez este seja um celular para pessoas comuns. Será, mesmo? É o que vamos descobrir neste review.

Análise do Galaxy Z Flip 3 em vídeo

Aviso de ética

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O Galaxy Z Flip 3 foi fornecido pela Samsung por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

Design

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Ao contrário do Fold, o Z Flip 3 não é aquele celular dobrável com a proposta de “virar tablet”. Este é um aparelho grande, com tela de quase 7 polegadas, que, mesmo assim, não perdeu o aspecto compacto. Fechado, você consegue transportá-lo sem nenhuma dificuldade na bolsa ou até no bolso da calça. E vou dizer mais: mesmo aberto, a pessoa não deve ter problemas para carregá-lo, afinal o Z Flip 3 é um celular normal — até dobrar.

Falando de design e construção, o aparelho atual tem o mesmo layout da primeira geração, mas a dedicação da empresa com o acabamento este ano é o que mais me impressiona. É como se o primeiro Flip fosse um protótipo e o Flip 3 o produto final. Ele está mais sofisticado, colorido e refinado. A Samsung nos enviou a versão creme, que aparenta ser ainda mais requintada. O Flip 3 ainda está disponível em verde, preto e lavanda. Eu curti todos.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O modelo é construído em alumínio, agora mais resistente, para a tranquilidade de quem está disposto a pagar tudo o que a Samsung pede. De fato, é um material de qualidade e as laterais sofisticadas do dobrável lembram as do iPhone 13. Eu não sei exatamente como a Samsung fez isso, mas, assim como o Fold, o Flip 3 é resistente à água, graças à certificação IPX8.

Para concluir design, os sul-coreanos estão de parabéns pelo cuidado este ano. Hoje eu olho o primeiro Z Flip e penso “que celular feio”. A segunda geração não só acerta no visual, mas também na ergonomia e resistência. Ainda não podemos deixar de falar da nostalgia, que é muito forte, fazendo a gente voltar no tempo e lembrar dos clássicos celulares de flip dos anos 2000.

Tela interna e externa

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A tela dobrável do Z Flip 3 é Dynamic AMOLED de 6,7 polegadas. Ela tem resolução Full HD+ com 2640 x 1080 pixels e uma proporção de 22:9. Resumindo, é uma super tela para quem gosta e está sempre maratonando séries ou jogando no smartphone. A Samsung trabalhou com bordas finas e adicionou um furo para a câmera frontal. Quanto à qualidade do painel, não há muito o que falar, pois como qualquer outro topo de linha da empresa, você encontrará brilho forte, contrastes excelentes e um preto profundo que só o AMOLED consegue proporcionar.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Acredito que muitas pessoas ficam desconfiadas quanto ao vinco que existe no meio do display. Eu posso afirmar que a experiência é a mesma do Galaxy Z Fold 3, que é ainda mais abrangente. Após alguns minutos de uso você mal vai lembrar dessa interferência e, não, ela não compromete a usabilidade. O aparelho, infelizmente, não tem suporte à caneta S Pen, mas ao menos entrega taxa de atualização de 120 Hz, para navegações mais fluidas.

A grande estrela neste ano é a tela externa, que pulou de 1,1 para 1,9 polegada e agora tem mais utilidade do que antes. Na primeira geração você conseguia checar as horas, notificações, controlar áudios, tirar foto e ver quem estava te ligando. A Samsung manteve o painel AMOLED com cantos arredondados e passou exibir a data, status da bateria, é possível iniciar o gravador de áudio, iniciar o temporizador e até adicionar widgets.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

As outras funções existentes no primeiro Z Flip permanecem aqui, mas agora com um visual mais agradável e otimizado. O legal é que você pode personalizar bastante o sistema. A fabricante disponibiliza várias interfaces com algumas animações que mudam quando você bloqueia e desbloqueia o aparelho.

O Z Flip 3 tem alto-falante estéreo. O som é alto e envolvente, mas não chega a ser tão definido quanto o do iPhone 13. No volume máximo é possível sentir um pouco de estridência e chiado, mas nada muito absurdo. Assim como outros topos de linha, o dobrável da Samsung não tem entrada para fones de ouvido.

Software

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A nossa unidade de avaliação veio com o Android 11 acompanhado da One UI 3.1. A previsão é que ele receba o Android 12 em janeiro de 2022, depois do Galaxy Z Fold 3, que deve ganhar o update ainda dezembro deste ano. E, como sabemos, a Samsung vem trilhando um caminho de excelência, não só deixando claro para o consumidor quando os aparelhos vão receber os updates, mas também fornecendo um cronograma. Os sul-coreanos estão de parabéns pela transparência.

O Android disponível no Z Flip 3 é o mesmo de outros smartphones Galaxy. Como de praxe, ele já vem com alguns apps de terceiros, incluindo LinkedIn, Office, Samsung Free, Samsung Health, entre outras coisas. O DeX, recurso de conectividade da empresa que gera uma experiência de desktop, simplesmente não está disponível aqui, mas funciona no Z Fold 3, como eu mostrei no review dele.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Uma coisa que você vai perceber é que o sistema está adaptado bem à tela dobrável. Infelizmente nem todos os aplicativos estão otimizados para essa configuração, porém com certeza você não encontrará limitações significativas. O YouTube, por exemplo, faz a divisão de vídeo e comentários quando você dobra o aparelho no “estilo notebook”. O app de câmera também separa preview e ajustes, desde que a tela permaneça dobrada.

Câmeras

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Samsung fez grandes alterações no design e na tela do Galaxy Z Flip 3, mas o conjunto fotográfico não recebeu a mesma atenção. Assim como no ano passado, o modelo atual traz duas lentes, uma principal e outra ultrawide, ambas produzindo fotos de 12 megapixels de resolução. Apesar disso, a qualidade segue satisfatória. A frontal, por sua vez, também não traz números absurdos e permanece em 10 megapixels.

Começando pela frontal, assim como no aparelho da Apple, as selfies registradas pelo dobrável da Samsung estão com aspecto natural, ou seja, não há um modo de embelezamento agressivo e a saturação está baixa em relação às demais câmeras; eu gosto desse estilo. Além do mais, a nitidez é excelente, a exposição é controlada eficientemente e o desfoque é confiável.

Foto tirada com a câmera frontal (tela interna) do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal (tela interna) do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal (tela interna) do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal (tela interna) do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Sobre a dupla traseira, a lente principal segue entregando belos registros, prontos para serem publicados nas redes sociais. A saturação, que já virou marca registrada por aqui, continua elevada, mas num tom que não é exagerado e, claro, não compromete o resultado. No restante, as imagens dizem por si, o Galaxy Z Flip 3 consegue controlar tudo com êxito.

Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A lente ultrawide, que tem ângulo de visão de 123 graus, também contenta pelas mesmas características da principal. No entanto, você consegue perceber a definição na região central da fotografia, enquanto as bordas apresentam distorção. Além disso, em cenas arborizadas o usuário vai encontrar aberrações cromáticas. É um problema que a Samsung não conseguiu resolver ainda e, para efeito de comparação, a Apple já minimiza essa limitação muito bem.

Em cenas com pouca luz, o Flip 3 produz boas fotografias, mas novamente perde para outros topos de linha do mercado. Quando o ambiente ajuda, o smartphone gera fotos com bom nível de detalhamento, há brilho e definição satisfatória. Contudo, em locais muito escuros, o software da sul-coreana parece elevar a saturação e compromete todo o click. A ultrawide até se esforça, mas não consegue deixar tudo controlado no anoitecer.

Foto tirada com a câmera principal + modo Noite do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal + modo Noite do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal + modo Noite do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal + modo Noite do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A fabricante soube, mesmo, aproveitar a tela externa. Reforço isso porque você pode usá-la para tirar selfies ou produzir vídeos com o celular fechado. Apertou o botão de liga/desliga e, rapidamente, a câmera abre para você iniciar o registro. É uma boa alternativa para quem deseja ter selfies com mais qualidade, já que a frontal é boa, mas ainda não impressiona.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Hardware e conectividade

O Snapdragon 855+ sai de cena para dar lugar ao Snapdragon 888 5G, logo o mesmo processador que equipa o Galaxy Z Fold 3. Eu não preciso mais dizer o quanto esse é um chip poderoso, então tenha em mente que tudo vai rodar neste aparelho sem limitações. Os principais aplicativos rodam aqui tranquilamente e Asphalt 9, com os gráficos no máximo, é executado com bastante desenvoltura. O único problema é que o Flip 3 esquenta com muita facilidade e não é só nos games.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O dispositivo ainda tem 8 GB de memória RAM e a unidade testada entrega 128 GB de espaço interno, sem a possibilidade de expansão, já que a empresa removeu o slot para cartão microSD. A gaveta disponível suporta um chip de operadora, mas, assim como no iPhone, você consegue ter uma segunda linha ao ativar o eSIM.

O Z Flip 3 é um celular do futuro e não vou negar que me senti em 2030 mexendo nele na rua. A Samsung faz jus ao título e entrega um produto compatível com as principais tecnologias que vêm por aí. Ele é compatível com o 5G puro que o Brasil disponibilizará nos próximos anos e, além disso, o modelo já suporta o Wi-Fi 6.

Bateria

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A bateria é a mesma do ano passado. Isso quer dizer que o dobrável persiste na célula de 3.300 mAh, muito abaixo da média do mercado quando analisamos os aparelhos Android. Para fins de comparação, o Galaxy Z Fold 3, que tem mais espaço físico, sofreu um downgrade, porém entrega 4.400 mAh, que é mais aceitável. Com o que a Samsung oferece, a pessoa que investir no Flip 3 deverá ter, em média, até cinco horas de uso.

Nos testes do Tecnoblog, após 3 horas de Netflix, 1 hora de YouTube, 1 hora navegando pelas redes sociais e 15 minutos de Asphalt 9 com os detalhes no máximo, ele saiu dos 100% e ficou em 44%. Eu deixei o celular trabalhando no Wi-Fi de 5 GHz, com o brilho da tela no máximo e no modo de 120 Hz. Portanto, temos um bom resultado.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Como você já deve saber, a Samsung não envia carregador na caixa, por isso tive de fazer o teste de alimentação com um adaptador externo. Neste caso, assim como no review do iPhone 13 Mini, nós usamos uma fonte de 20 watts. Totalmente descarregado, o acessório fez a bateria do Flip 3 alcançar os 100% em 1h27min.

Samsung Galaxy Z Flip 3: vale a pena?

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eu já tinha elogiado a Samsung pelo Z Fold 3 e a minha análise positiva também atinge o Galaxy Z Flip 3. Com este smartphone, a Samsung demonstra maturidade e mostra ao mercado e aos fãs que está na vanguarda dos dispositivos dobráveis. O primeiro Flip era apenas ok, mas a geração atual não só vem para quem está focado em produtos dobráveis. A fabricante também acena para os “consumidores comuns”, que buscam um Android potente.

Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Flip 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eles deixam claro que a proposta é entregar experiência, tanto que há várias formas de o consumidor aproveitar o design do produto e personalizá-lo com acessórios. Definitivamente, o ponto alto do Flip 3 é o visual e não só pela possibilidade de dobrá-lo. Apesar dos elogios, eu não posso dizer que ele chegou no nível ideal, porque não é bem assim. Eu espero encontrar uma autonomia maior, mais recursos de software e apps otimizados na próxima geração.

Eu, sinceramente, não acho que os smartphones dobráveis são o futuro, mas eles deixam aquele gostinho do que as marcas podem nos proporcionar lá na frente, com devices mais inovadores e fora do comum. O Galaxy Z Flip 3 é só o primeiro passo e se você está disposto a já vivenciar isso, talvez ele possa te atender muito bem, basta ter R$ 7 mil sobrando na conta bancária.

Samsung Galaxy Z Flip 3 5G – ficha técnica

  • Telas:
    • principal (interna): Dynamic AMOLED de 6,7 polegadas, Full HD+ (2640 x 1080), 425 ppi, proporção 22:9, Infinity Flex, 120 Hz, brilho de 900 nits (pico de 1.200 nits)
    • externa: Super AMOLED de 1,9 polegada, 512 x 260, 303 ppi, brilho de 935 nits
  • Processador: octa-core de 64 bits e 5 nm
  • RAM: 8 GB
  • Armazenamento: 128 GB ou 256 GB UFS 3.1
  • Câmeras externas:
    • principal: 12 megapixels f/1,8, pixels de 1,4 um, autofoco Dual Pixel, OIS
    • ultrawide: 12 megapixels f/2,2, pixels de 1,12 um
    • vidro: Super Clear Glass com Gorilla Glass DX
  • Câmera frontal (interna): 10 megapixels f/2,4, pixels de 1,22 um
  • Bateria: 3.300 mAh
    • Recarga: até 15 W com fio, até 10 W sem fio, reversa sem fio de 4,5 W (Wireless PowerShare)
  • Sistema operacional: Android 11 com One UI
  • Conectividade: USB-C, Wi-Fi 6 (ax), Bluetooth 5.1, NFC, localização (GPS, BeiDou, Galileo, Glonass), eSIM + nano SIM, 4G (4×4 MIMO, 7CA, LAA, LTE Cat. 20), 5G (NSA, SA, sub-6 GHz, mmWave)
  • Sensores: leitor de digitais na lateral, acelerômetro, giroscópio, barômetro, bússola, Hall, proximidade, luminosidade
  • Mais: resistência IPX8, suporte a MST e NFC para pagamentos, alto-falante estéreo com Dolby Atmos
  • Dimensões:
    • aberto: 166 x 77,7 x 6,9 mm
    • fechado: 86,4 x 77,7 x 17,1 mm (levando em conta a dobradiça)
    • peso: 183 g

Samsung Galaxy Z Flip 3

Prós

  • Samsung caprichou no design nesta geração
  • Aparelho dobrável é resistente à água
  • Tela externa agora tem mais utilidade
  • Software está otimizado para a tela dobrável
  • Desempenho excelente

Contras

  • Autonomia (bateria) continua mediana
  • Lente ultrawide ainda tem problemas, assim como o modo Noite
  • Não tem suporte ao DeX
Nota Final 9.4
Bateria
8
Câmera
9
Conectividade
10
Desempenho
10
Design
10
Software
10
Tela
9

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Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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