Samsung Galaxy Z Fold 3: restrito, mas que belo trabalho

Ainda limitado para os early adopters, Galaxy Z Fold 3 é o melhor celular dobrável atualmente e revela uma Samsung muito madura

Darlan Helder
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• Atualizado há 10 meses
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Aconteceu. A Samsung optou por deixar a linha Note na geladeira para fazer a sua linha de dobráveis brilhar. O Z Fold é um deles: a primeira geração que, convenhamos, estava mais para um protótipo, não obteve nota alta como o Z Fold 2 devido aos problemas na tela e no design. Muita coisa foi resolvida na versão anterior, mas o modelo de 2021 chega com um display 80% mais resistente, traz suporte à S Pen, um design sofisticado e com certificação IPX8 (sim, não sei como, mas a Samsung conseguiu).

Ele ainda tem um processador de última geração, o Snapdragon 888, da Qualcomm, com suporte à rede 5G, 12 GB de RAM, tela externa Dynamic AMOLED de 6,2 polegadas e interna de 7,6 polegadas com taxa de atualização de 120 Hz. Para os fotógrafos de plantão, a Samsung entrega cinco câmeras, sendo uma escondida sob o display. Afinal, qual é a proposta deste produto? O Tecnoblog teve a oportunidade de avaliar o Galaxy Z Fold 3 antes do lançamento e você pode ficar por dentro do aparelho nos próximos minutos.

Análise do Galaxy Z Fold 3 em vídeo

Aviso de ética

O Tecnoblog é um veículo jornalístico independente que ajuda as pessoas a tomarem sua próxima decisão de compra desde 2005. Nossas análises não têm intenção publicitária, por isso ressaltam os pontos positivos e negativos de cada produto. Nenhuma empresa pagou, revisou ou teve acesso antecipado a este conteúdo.

O Galaxy Z Fold 3 foi fornecido pela Samsung por empréstimo e será devolvido à empresa após os testes. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

Design

Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Analisando o ponto alto do aparelho, que é o design, eu posso dizer que a Samsung não fez nenhuma modificação radical na parte física — o Galaxy Fold 3 ainda nos faz lembrar do Fold 1 e do Fold 2. Apesar disso, há boas novidades por aqui, como irei comentar logo adiante. Antes inspirado no relevo imponente do Galaxy Note 20 Ultra, o módulo das câmeras agora está mais discreto e, mesmo assim, a Samsung não deixou de destacar as três lentes ali alocadas, é claro.

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O time de design da sul-coreana fez algumas alterações curiosas na cartela de cores. O icônico bronze que marcou a geração passada foi extinto e o Z Fold 3 chegou em três opções que casaram muito bem com o formato do aparelho: verde-escuro, prata e preto. O Tecnoblog avaliou a versão escurecida que me cativou logo de início por ser discreta e o material fosco empregado na traseira ajuda a dar um ar de sofisticação ao produto.

As reduções na estrutura também contribuíram no visual e promoveram uma excelente pegada. O Galaxy Z Fold 3 está 11 gramas mais leve e também mais fino. Quando fechado, a espessura de 16 mm não chega a sacrificar a usabilidade e o que eu mais senti, mesmo, foi o peso, fazendo com que o celular canse as mãos quando você fica muito tempo mexendo nessa configuração. Diz a empresa que o modelo é “super-resistente e 10% mais durável”; o Z Fold 3 é construído em alumínio que ainda tem a missão de conservar as dobradiças.

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Agora, o auge do design é, sem dúvidas, a certificação IPX8 que o dispositivo ganhou. Eu não tive a coragem de colocar o primeiro smartphone dobrável resistente à água do mundo em testes radicais, mas resolvi jogar um pouco de água ao longo da estrutura algumas vezes — felizmente, o celular permaneceu funcionando até o final deste review.

Tela externa e dobrável

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A tela externa que “transforma” o Z Fold 3 em “celular normal” tem 6,2 polegadas. Ela é Dynamic AMOLED, tem 2268 x 832 pixels, proporção 24,5:9 e taxa de atualização adaptativa de 120 Hz. Felizmente, esse display não está ali apenas para exibir notificações e permite ao usuário acionar o device com mais rapidez. Por não ser tão larga, a usabilidade, no início, pode ser estranha, mas a interface One UI está muito bem otimizada, o que facilita bastante as coisas por aqui. Nela, você pode acessar normalmente a Netflix, navegar pelas redes sociais, acessar as configurações do dispositivo e muito mais.

Como era de se esperar num topo de linha, o painel externo continua decente. O brilho forte ajuda a deixar tudo mais vivo e nítido, a definição dos ícones e texto é satisfatória e o preto profundo do AMOLED, que se junta às bordas escurecidas do aparelho, cria uma experiência imersiva. É, de fato, um grande avanço em relação ao primeiro Fold.

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A tela dobrável impressiona positivamente pela qualidade e por outras soluções por trás. A minha análise é que a Samsung quis aprimorar a imersão que já era abrangente e, no fim das contas, parece que deu muito certo. O painel continua sendo o excelente Dynamic AMOLED de 7,6 polegadas com resolução 2208 x 1768 pixels com taxa de atualização de até 120 Hz. Ainda que nem todos os aplicativos estejam otimizados para um display com essa configuração, a exemplo do Instagram, eu vejo as 7,6 polegadas são um deleite para quem consome muito conteúdo em vídeo, eu me incluo aqui por gostar de assistir a conteúdos em tablets.

Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Existe um vinco na tela? Existe, mas confesso que no primeiro dia de uso eu já estava acostumado com ele ali. A Samsung diz que o display interno é 80% mais resistente, informação que dá um alívio para os futuros donos que terão que desembolsar muito dinheiro para adquirir o produto. Outro destaque desta geração é a câmera frontal escondida sob o display: foi uma sacada inteligente para favorecer a exibição plena de fotos e vídeos, mas ela só impressiona por isso, mesmo. Ao acessar a tela de ajustes, por exemplo, sem o modo escuro, é possível visualizar alguns pixels na região da lente. Eu não vou dizer que esses pontinhos incomodam a usabilidade, mas ignorá-los é inevitável.

No review do Galaxy Z Fold 2, o Higa comentou sobre a película barata que a Samsung aplicou no foldable. O Z Fold 3 também veio com a mesma aplicação simples; a proteção engordura tão rápido que acaba por estragar a definição do display; por isso eu resolvi remover a película neste teste (mas, atenção: eu recomendo você a deixar essa película até encontrar outra melhor no mercado). Isso ainda me faz lembrar que o smartphone ganhou suporte à caneta S Pen, mas infelizmente a fabricante não concedeu o acessório ao Tecnoblog. É bom reforçar que o item é vendido separadamente e não existe nenhum compartimento no Z Fold 3 para guardá-la, portanto você vai precisar de uma capinha compatível.

Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em resumo, falar da qualidade dos painéis da Samsung é chover no molhado e o que eu quero destacar sobre a tela dobrável é a experiência de uso imersiva, que foi aprimorada. Os diferentes ângulos, a alta taxa de atualização que assegura navegações mais fluidas e a câmera escondida fazem com que o modelo seja um dobrável muito competente. O Galaxy Z Fold 3 é um dos melhores smartphones para quem consome muito conteúdo em vídeo e devo registrar que é o melhor do mercado para executar Asphalt 9.

Software

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

No software, o Galaxy Z Fold 3 sai de fábrica rodando o Android 11 acompanhado da One UI 3.1. Na prática, a interface não tem grandes alterações e traz um layout semelhante ao de outros aparelhos da marca. Mas eu devo parabenizar a Samsung pela otimização impecável: a One UI se adapta bem à tela grande e dobrável, e consumidores já imersos no ecossistema da marca podem se acostumar com o sistema logo nas primeiras horas de uso. A gaveta de aplicativos é bonita e bem ajustada, a tela de configurações tem uma pegada simples e fácil de navegar, enquanto a central de notificações permanece organizada.

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A grande vantagem da tela dobrável são as diversas possibilidades de uso que beneficiam a multitarefa. Por exemplo, com o modo tela dividida, eu consigo abrir dois aplicativos diferentes na mesma tela; a interface ainda permite alterar a proporção e a orientação. Ainda há a exibição pop-up, que deixa o aplicativo flutuando na página inicial. Por fim, quando selecionar um vídeo no YouTube, ao dobrar a tela, fazendo com que o celular vire um “notebook”, é possível assistir em uma metade e ler os comentários na outra metade; algo parecido acontece com o Samsung Notes, que divide bloco de notas e teclado.

Modo DeX com o Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Modo DeX com o Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

E já que estamos falando de multitarefa, é claro que o DeX não poderia faltar aqui. O recurso que cria uma experiência de desktop na TV até que funcionou bem no meu televisor da mesma marca que tem aproximadamente 7 anos de vida. O DeX ajusta a interface e deixa as telas de aplicativos flutuando, como num desktop de verdade. Você também pode fazer essa comunicação com um cabo HDMI, mas aqui funcionou sem dor de cabeça pelo Miracast.

Câmeras

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Galaxy Z Fold 3 tem tanta câmera que é capaz de você se perder nos primeiros dias de uso. O trio traseiro é formado por principal, ultrawide e teleobjetiva — todas com 12 megapixels de resolução. Sensação de déjà vu, não é? Pois bem, é a mesma configuração do ano passado e nada de resoluções absurdas como 108 megapixels, por exemplo. As demais lentes são dedicadas para selfies: a tela externa abriga uma câmera de 10 megapixels, enquanto no display dobrável o componente escondido produz fotografias de 4 megapixels.

A principal vai bem em qualquer situação, entregando fotografias com brilho forte, exposição controlada e saturação elevada que já estamos acostumados a ver nos aparelhos da marca. A definição e o alcance dinâmico são excelentes; eu não tive problemas de ruídos em excesso e os detalhes estavam presentes tanto em ambientes abertos quanto em locais fechados.

Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A teleobjetiva, que consegue capturar objetos distantes, também pode atuar como macro, e apresentou qualidade um pouco inferior em relação à principal: a definição é reduzida e, dependendo do ambiente, o foco pode falhar. Ainda assim, dá para obter resultados incríveis através dessa lente. A ultrawide, que tem ângulo de visão de 123 graus, tem um bom desempenho, capturando bem os detalhes. O brilho e a nitidez até agradam, porém as bordas ficam levemente distorcidas. Além disso, as aberrações cromáticas podem dar as caras, como você pode ver nestes testes.

Foto tirada com a câmera teleobjetiva do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera teleobjetiva do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera teleobjetiva do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera teleobjetiva do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera teleobjetiva do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera teleobjetiva do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera ultrawide do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

À noite, o modo escuro melhora radicalmente os registros e pontos onde há iluminação artificial, o Z Fold 3 não cria fantasma e deixa tudo muito bem equilibrado. O ponto fraco fica para regiões muito escuras; nesse cenário, a nitidez é prejudicada. Mas o que mais me incomodou foram as fotos tremidas que o aparelho entregava mesmo sem você se mexer muito. É algo que eu não presenciei em outros smartphones topo de linha, como o iPhone 12.

Foto tirada com a câmera principal + Modo Noite do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal + Modo Noite do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal + Modo Noite do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal + Modo Noite do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Samsung conseguiu prejudicar a qualidade da câmera interna da tela dobrável e a engenharia para “esconder” a lente pode explicar isso. Ao fazer uma selfie, fica aquela impressão de a foto ter sido tirada com um aparelho intermediário: a nitidez é baixa e há muitos ruídos visíveis. A externa, por sua vez, é excelente. O pós-processamento não suaviza excessivamente a pele, as cores permanecem vivas e o nível de detalhamento agrada.

Foto tirada com a câmera frontal (tela externa) do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal (tela interna) do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal (tela dobrável) do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal (tela externa) do Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Hardware e conectividade

No hardware, o Galaxy Z Fold 3 vem com o potente Snapdragon 888 5G, da Qualcomm, e que também equipa outros celulares topo de linha. No dia a dia, o dobrável entregou uma excelente performance, seja nas redes sociais ou executando Asphalt 9 com os detalhes no máximo. Aliás, eu já falei que o Z Fold 3 é o melhor smartphone para jogar Asphalt 9? Além desse, outros títulos leves e pesados da Play Store rodaram sem gargalos.

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O bom desempenho também é fruto da RAM de 12 GB e, mesmo com muitos apps abertos, o aparelho não soluçou. A nossa unidade de teste ainda tinha 256 GB de armazenamento interno, que deve ser suficiente para a maioria das pessoas; a Samsung também anunciou uma versão com 512 GB. E, seguindo os passos da Apple, não espere expandir o espaço interno, pois o Z Fold 3 não tem slot para microSD.

Ainda que o 5G esteja caminhando a passos lentos por aqui, é bom saber que o Galaxy Z Fold 3 está pronto para a tecnologia, ainda mais levando em conta a quantidade de dinheiro que a Samsung deve cobrar. Para você do futuro, a sul-coreana não revelou o preço do device enquanto eu produzia este review (antes do lançamento).

Bateria

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Com duas telas, ambas AMOLED e com taxa de 120 Hz, como será que fica a autonomia deste dispositivo? Para começo de conversa, o Z Fold 3 teve um downgrade, já que a bateria passou de 4.500 mAh para 4.400 mAh, o que é estranho já que o modelo atual tende a ser mais gastão. De qualquer forma, esses números são aceitáveis e acompanham a tendência do mercado, que tem ficado entre 4.000 mAh e 5.000 mAh. Na prática, o resultado é só ok.

Conectado ao Wi-Fi de 5 GHz, com o brilho da tela no máximo e no modo adaptável, eu consumi 3 horas de Netflix, 1 horas de YouTube, 1 navegando pelas redes sociais e encerrei com 15 minutos de Asphalt 9. Conclusão: a bateria foi de 100% para 39%.

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Para alimentar as duas baterias aqui dentro, você terá que adquirir um carregador por fora, pois a Samsung não envia. Totalmente descarregado, eu fiz um teste com um adaptador de tomada de 20 watts e o acessório fez as células chegarem aos 100% depois de 1h54min, um tempo interessante. Diz a Samsung que o aparelho suporta carregamento rápido de 25 watts, sem fio também rápido de 10 watts e reverso de 4,5 watts.

Samsung Galaxy Z Fold 3: vale a pena?

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eu passei uma semana usando o Galaxy Z Fold 3 como o meu celular principal e posso dizer que, durante esse curto período, a usabilidade, por completa, foi excelente. Eu, que sempre gosto de analisar a imersão de tela em smartphones, tive a sensação de que a Samsung alcançou o ponto alto dessa experiência. Se você me perguntar se vale a pena ter um Z Fold 3, eu vou dizer que sim, isso porque este é o melhor smartphone dobrável do mercado e não há concorrentes. Ainda assim, a minha confirmação não significa que este é um aparelho para todo mundo, pelo contrário.

Infelizmente, ainda não sabemos quanto a Samsung vai cobrar por essa brincadeira, mas não espere pagar menos de R$ 14 mil (o Galaxy Z Fold 2 foi lançado custando isso). Mas se você gosta do ecossistema da Samsung, é apaixonado pelos produtos inovadores dela e, claro, se tiver condições de pagar tranquilamente o que eles devem pedir, então vá em frente, pois a sul-coreana fez muito bem a lição de casa.

Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3  (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Samsung Galaxy Z Fold 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Z Fold 3 é um dispositivo híbrido (celular e tablet) que atenderá eficientemente você que busca produtividade e entretenimento. As telas, mesmo com o vinco, são de qualidade, trazendo suporte à S Pen e taxa de 120 Hz; a performance com o Snapdragon 888 é decente — tudo aqui funciona sem dificuldades.

A fabricante ainda merece ser reconhecida pela One UI que trabalha à vontade num device com essas características, sem gambiarras visíveis e muitos apps já estão otimizados. Melhor ainda é saber que um produto tão caro não vai morrer se pegar água acidentalmente. Entre os pontos negativos, eu destaco a câmera de 4 MP, que eu não recomendo para selfie e deve ser mais útil em videochamadas; e a autonomia ainda não convence. Quem sabe na próxima geração, não é? De qualquer forma, o Galaxy Z Fold 3 tem mais prós do que contras e coloca a Samsung na vanguarda dos dobráveis. Imagina o que ela pode aprontar com o Z Fold 4? 

Especificações técnicas

  • Telas:
    • Externa: 6,2 polegadas, painel Dynamic AMOLED 2X, resolução de 2268 x 832 pixels, proporção 24,5:9, taxa de atualização de 120 Hz, Infinity-O;
    • Interna: 7,6 polegadas, painel Dynamic AMOLED 2X, resolução de 2208 x 1768 pixels, proporção 22,5:18, taxa de atualização de 11 a 120 Hz;
  • Processador: Snapdragon 888 octa-core de até 2,84 GHz, 5 nm com GPU Adreno 660;
  • Memória RAM: 12 GB;
  • Armazenamento interno: 256 GB ou 512 GB;
  • Câmera traseira tripla:
    • principal: 12 megapixels f/1,8 com estabilização óptica de imagem (OIS);
    • ultrawide: 12 megapixels f/2,2;
    • teleobjetiva: 12 megapixels f/2,4, OIS;
  • Câmera frontal:
    • externa: 10 megapixels f/2,2;
    • interna: 4 megapixels f/1,8 (sob a tela);
  • Bateria: 4.000 mAh;
  • Sistema operacional: Android 11 com One UI 3.1;
  • Conectividade: 5G, 4G, Wi-Fi, Bluetooth, NFC, GPS;
  • Dimensões:
    • fechado: 158,2 x 67,1 x 16 mm;
    • aberto: 158,2 x 128,1 x 6,4 mm;
  • Mais: resistência à água (IPX8), Gorilla Glass Victus, suporte à S Pen;
  • Peso: 271 g;
  • Cores: Phantom Black, Phantom Green e Phantom Silver.

Atualizado às 21h24

Samsung Galaxy Z Fold 3

Prós

  • Telas AMOLED são excelentes e trazem suporte à S Pen
  • Como um bom topo de linha, design é bem bonito e sofisticado
  • Certificação IP68 num celular com essas características? Uau
  • Desempenho é ótimo, rodando todos os apps sem gargalos
  • One UI e aplicativos estão otimizados para a tela grande/dobrável
  • Muito bom para produtividade e entretenimento

Contras

  • Câmera frontal de 4 megapixels parece de um aparelho intermediário
  • Teve um downgrade na bateria e a autonomia ainda é mediana
  • Modelo deve chegar caro e continua restrito
Nota Final 9.3
Bateria
8
Câmera
9
Conectividade
10
Desempenho
10
Design
9
Software
10
Tela
9

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Darlan Helder

Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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