Uber também está de olho no HERE Maps
Nesta semana, o Facebook começou a testar o HERE Maps e, consequentemente, foi apontado como um possível comprador do serviço de mapas. Mas há rumores sobre mais um nome forte na briga: segundo o New York Times, o Uber ofereceu US$ 3 bilhões à Nokia para se tornar dona do HERE Maps.
Nenhuma das partes confirma. A informação da oferta foi dada ao jornal por fontes que preferiram não se identificar. Mas pode mesmo haver grande interesse no negócio, afinal, o Uber depende de ferramentas de mapas para conectar clientes a motoristas particulares. Essa dependência fica maior à medida que a empresa aumenta seu leque de serviços – em cidades como Nova York, o Uber já se mobiliza para intermediar entrega de comida, por exemplo.
Outro bom motivo para a aquisição é a intenção do Uber de não ficar tão dependente do Google Maps. O HERE Maps tem mapas bastante detalhados de várias cidades importantes e uma base de dados complementar – com informações sobre o trânsito, por exemplo – que o torna a alternativa perfeita aos serviços do Google.
A Nokia não deu informações oficiais, mas fala-se no mercado que a companhia quer pelo menos US$ 2 bilhões pelo HERE Maps. A suposta oferta do Uber é bastante atraente, portanto. Porém, isso não quer dizer que o negócio está praticamente fechado.
De acordo com o New York Times, o Uber também tem que encarar a concorrência de um consórcio que inclui companhias como BMW, Audi e Mercedes-Benz. O HERE Maps é usado há algum tempo em sistemas de navegação para carros, daí o interesse das montadoras.
Qual companhia vai ficar com o HERE Maps, no final das contas? A expectativa é a de que tenhamos a resposta até o final do mês. Ou não: a Nokia disse que não tem pressa. De todo modo, há mais uma pergunta no ar: se o HERE Maps é tão valioso assim para haver tantos interessados, por que a Nokia planeja se desfazer dele?
É uma questão de foco. A companhia quer se concentrar em tecnologias para telecomunicações, um segmento que ganha cada vez mais força graças à expansão dos serviços de acesso à internet em alta velocidade. Prova disso é a recente compra da Alcatel-Lucent. Se o negócio for aprovado pelos órgãos reguladores, a Nokia terá que desembolsar US$ 16,6 bilhões pelo negócio, mais que o dobro do que a Microsoft pagou pela divisão responsável pela linha Lumia.